Este estudo mostrou que pacientes com níveis adequados de vitamina K possuem menor risco de mortalidade por câncer, doenças cardiovasculares. Isto porque a vitamina K também tem uma função antioxidante, como mostrado na imagem acima.
O lado direito da imagem mostra a função anti-ferroptose da vitamina K. Ferroptose é um tipo específico de morte celular programada, dependente de ferro e associada à oxidação de lipídios (radicais lipídicos danificam a membrana celular).
A vitamina K (VK) também atua como antioxidante que neutraliza radicais lipídicos. A enzima FSP1 (ferroptosis suppressor protein 1) converte a vitamina K em sua forma ativa (vitamina K hidroquinona) para que ela possa trapar os radicais livres lipídicos, protegendo a célula da destruição.
Ou seja, a vitamina K também previne a morte celular por ferroptose, funcionando como antioxidante lipídico natural, independente do seu papel na coagulação.
Suplementação de vitamina K
Em suplementos, a vitamina K2 é mais biodisponível. O termo biodisponibilidade refere-se à proporção de um nutriente consumido que é absorvida, ficando disponível para a utilização pelo organismo. Existem vários tipos desta vitamina, sendo uma das mais estudadas a MK7, a aparentemente mais biodisponível.
A suplementação de 180mcg de K2-MK7 reduz a espessura das carótidas em mulheres na pós menopausa (Knapen et al., 2015). Para prevenção são usadas doses de 80 a 120 mcg. Já pacientes diabeticas podem precisar de doses maiores para benefício cardiovascular (cerca de 360mcg).
A K2-MK7 está também naturalmente disponível no natto, produto fermentado comum na dieta japonesa. Este é um destes motivos para os orientais possuírem uma menor mortalidade cardiovascular. Na dieta ocidental, os queijos curados possuem quantidades boas de vitamina K2. Contudo, tudo precisa ser equilibrado. Quem come muito queijo (e, portanto, mais cálcio, precisa suplementar magnésio para contrabalancear).
A vitamina K2 também aumenta a atividade de cascapase 3 aumentando a apoptose (morte) de células cancerígenas (Tsujioka et al., 2006). Outra forma biodisponível é a K2-MK7. Porém, a dose precisa ser um pouco maior no suplemento (cerca de 600 mcg/dia) para o mesmo efeito.
Outra forma de avaliar se a quantidade de vitamina K está boa na corrente sanguínea (além das outras 3 citadas no vídeo acima) é a concentração plasmática de plaquetas (valor ideal de 150.000 a 450.000/mm3).