Como interpretar o exame de ácido metilmalônico?

O ácido metilmalônico (AMM) é normalmente produzido no corpo em pequenas quantidades, após a digestão de proteínas e godruras. Ele serve como um composto intermediário metabólico que precisará ainda ser quebrado em succinato com a ajuda da vitamina B12. Assim, em casos de deficiência de B12, os níveis de AMM aumentam tanto no sangue quanto na urina.

Os níveis de ácido metilmalônico aumentam nos estágios iniciais da deficiência de vitamina B12, quando os níveis de vitamina B12 mesmo com exames de sangue para este nutriente ainda na faixa normal. Por isso, o AMM pode indicar se você tem uma deficiência leve de vitamina B12 que um teste padrão de B12 não conseguiria detectar.

Para tirar dúvidas, se o aumento deve-se à metabolização normal de nutrientes ou carência de B12, o teste de AMM pode ser solicitado junto com a homocisteína. Isso ocorre porque a vitamina B12 é necessária para metabolizar a homocisteína e o AMM. Ter AMM alto, homocisteína alta e vitamina B12 ligeiramente baixa pode indicar uma deficiência de B12 precoce ou leve. Outra indicação do teste de AMM é identificar em recém nascidos um distúrbio metabólico raro chamado acidemia metilmalônica.

Grupos que podem se beneficiar do teste de AMM

  • Veganos e vegetarianos

  • Mulheres grávidas e amamentando

  • Indivíduos com alto consumo de álcool

  • Obesos

  • Pessoas com distúrbios intestinais que reduzem a absorção de vitamina B12 da dieta

  • Pacientes com AIDS / HIV

  • Idosos

Interpretação do teste de AMM

Exame de sangue - Pessoas saudáveis ​​terão AMM abaixo de 370 nmol / L (nanomoles por litro) ou 0,37 umol / L (micromoles por litro). A faixa normal varia um pouco entre os laboratórios dependendo do método de análise. O valor de corte que aponta para a deficiência de vitamina B12 não foi universalmente aceito. Estudos sugerem que níveis entre 243 a 350 ou mais são indicativos de possível deficiência de B12.

Teste de urina - O intervalo normal de AMM na urina é de 0,4 - 2,5 μmol / mmol crt (micromoles por mmol de creatinina). A faixa normal também varia um pouco entre os laboratórios.

Cuidados na interpretação do teste de AMM

Os níveis de AMM podem aumentar na gravidez, especialmente no terceiro trimestre. Também tendem a aumentar após os 40 anos de idade, causados ​​principalmente pela diminuição da função renal e redução da absorção intestinal de B12.

Uma mutação genética em pessoas de ascendência europeia (no gene HIBCH rs291466, alelo de risco C) pode aumentar os níveis de AMM em quase 50%, independentemente dos níveis de vitamina B12.

Tratar as causas da deficiência de B12

Suplementar vitamina B12 em caso de carência é importante para prevenir anemia, garantir ótima função mitocondrial e manter boa função celular e cerebral. Contudo, entender a causa do problema é fundamental. Entre as causas de deficiência de B12 estão:

  • Baixo ou nenhum consumo de alimentos de origem animal

  • Função renal deficiente

  • Mutações genéticas

  • Tabagismo

  • Alto consumo de álcool

  • Uso de antiácidos

  • SIBO

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

O que significa fosfatase alcalina baixa?

A fosfatase alcalina é uma enzima que está presente em diversos tecidos do corpo (rins, intestino, placenta) mas é produzida principalmente no fígado e nos ossos. Por isso, o exame é útil na investigação de problemas nestes órgãos.

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Quando a fosfatase alcalina está alta o médico investigará a saúde dos ductos biliares, a saúde do fígado, dos rins. O nutricionista investigará se há consumo excessivo de gordura. Também pode estar alterada no hipotireoidismo e na presença de infecções intestinais.

Já quando a fosfatase alcalina está baixa deve-se investigar doenças genéticas que afetam os ossos, anemia severa ou diarreia grave (como acontece em pacientes com HIV). Na nutrição a fosfatase alcalina tende a ficar abaixo de 50 U/L quando há deficiência de ferro, magnésio, zinco ou B12.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/