Cada pessoa é diferente e responde de formas distintas a diferentes dietas. Existem muitos fatores de risco genéticos e ambientais para as doenças cardiovasculares. Entre os mais importantes estão resistência insulínica, hipertensão e obesidade (síndrome metabólica).
Durante muito tempo houve um medo na comunidade científica na indicação da dieta cetogênica (rica em gordura e pobre em carboidrato) para pacientes dislipidêmicos. A ideia era de que a dieta rica em gordura aumentaria ainda mais colesterol e LDL-c e isto pode de fato acontecer (Falkenhain et al., 2021). Contudo, estudos com dieta cetogênica mostram que mesmo na vigência deste cenário o risco cardíaco não aumenta. Pelo contrário.
Pesquisa publicada em 2018 mostrou que pacientes obesos, diabéticos e hipertensos conseguiram reduzir o uso de estatinas e diuréticos após um ano de dieta cetogênica (Bhanpuri et al., 2018).
O risco cardíaco também é reduzido e entre as explicações estão a queda da inflamação, resistência insulínica, peso, circunferência da cintura e concentração de triglicerídeo plasmático (Yun et al, 2020). Explico neste vídeo.
Lembro, entretanto, que toda conduta deve ser individualizada e o acompanhamento em qualquer dieta é fundamental. Se o seu LDL-c aumenta excessivamente, junto com outros riscos cardiovasculares, a dieta cetogênica não será para você. Contudo, para a maior parte dos pacientes, a entrada em cetose vem mostrado-se uma estratégia importante para a correção da síndrome metabólica.
DIETA CETOGÊNICA PASSO A PASSO (para leigos).
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