A epilepsia é o terceiro distúrbio cerebral crônico mais comum. Caracteriza-se por uma predisposição duradoura para gerar convulsões. Existem muitas evidências de que substâncias inflamatórias liberadas por células do cérebro e células do sistema imune periférico contribuem para as crises convulsivas.
A inflamação pode ser gerada por infecção, processos autoimunes, traumas encefálicos, derrames e as próprias convulsões. Tais fatores ativam leucócitos, células da glia e neurônios gerando um processo inflamatório, que gera alterações na barreira hematoencefálica, extravasamento de albumina e IgG, aumento de excitabilidade neuronal, convulsões, morte de neurônios, perpetuação da inflamação e dos processos epilépticos.
Estima-se que 30% dos pacientes com epilepsia não consiga controlar as convulsões com medicação. Desta forma, outras terapêuticas são indicadas. Dentre as estratégias antiinflamatórias, destacam-se:
Uso de antiinflamatórios esteroidais e não esteroidais (Barco e Linartevichi, 2021; Dey et al., 2016)
Vitaminas D, complexo B e E (Zalkhani, & Moazedi, 2020)
CBD (Rosenberg et al., 2023)
Dieta cetogênica (Koh, Dupuis, & Auvin, 2020)
Carnitina, NAC,melatonina, baicaleína, Q10, astaxantina (Madireddy, & Madireddy, 2023)
Ômega-3 (Sohouli et al., 2021)
Curcumina (Forouzanfar et al., 2021)
Acabar com as convulsões é a meta para pacientes epilépticos. As convulsões aumentam o risco de acidentes, de ansiedade, depressão. Além disso, convulsões prolongadas e recorrentes contribuem para a lesão de células nervosas, declínio cognitivo e redução da qualidade de vida.
Estudos tem mostrado que a associação de cetonas exógenas com triglicerídeos de cadeia média são as melhores opções para a redução destas crises (Brunner et al., 2021; D'Agostino et al., 2013; Kovács et al., 2017; Poff, Rho, & DÁgostino, 2019).
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