Os adipócitos brancos e a menopausa estão intimamente ligados por meio de mudanças hormonais e metabólicas que ocorrem no corpo da mulher durante esse período da vida.
1. O que são adipócitos brancos?
Adipócitos brancos são células do tecido adiposo responsáveis por armazenar energia na forma de gordura. Eles também atuam como órgãos endócrinos, secretando hormônios e citocinas que influenciam o metabolismo e a inflamação. Ao contrário do tecido adiposo bege e marrom, possui poucas mitocôndrias, sendo menos ativo metabolicamente.
2. Menopausa e alterações hormonais
Durante a menopausa, há uma queda significativa na produção de estrogênio pelos ovários. Esse declínio afeta diversos sistemas do corpo, inclusive o metabolismo lipídico e a distribuição de gordura.
3. Relação entre adipócitos brancos e menopausa
a. Redistribuição da gordura corporal
Antes da menopausa, as mulheres tendem a acumular mais gordura subcutânea (principalmente nos quadris e coxas). Após a menopausa, há uma redistribuição da gordura para a região abdominal (gordura visceral), o que está associado a um aumento dos adipócitos brancos nessa região. Esse tipo de gordura é mais metabolicamente ativo e inflamatório.
b. Aumento da inflamação
Com a redução do estrogênio, os adipócitos brancos podem secretar mais citocinas inflamatórias (como TNF-α e IL-6). Isso contribui para um estado de inflamação crônica de baixo grau, comum após a menopausa.
c. Resistência à insulina e risco cardiovascular
O aumento da gordura visceral e da inflamação está associado à resistência à insulina, dislipidemia e maior risco de doenças cardiovasculares. A ação dos adipócitos brancos, portanto, está ligada ao surgimento da síndrome metabólica em muitas mulheres após a menopausa.
4. Implicações clínicas
A compreensão desse processo ajuda a justificar intervenções como mudanças na alimentação, aumento da atividade física e, em alguns casos, a terapia de reposição hormonal (TRH). Estratégias para reduzir a gordura visceral são importantes para manter a saúde metabólica na pós-menopausa.
Estratégias para mitigar os efeitos:
Atividade física regular (exercícios aeróbicos e de resistência)
Alimentação balanceada (reduzir gorduras saturadas, aumentar fibras e antioxidantes)
Controle do peso corporal
Terapia de reposição hormonal (avaliada com médico)
Monitoramento metabólico (glicemia, colesterol, pressão)