30 Efeitos benéficos da Dieta Cetogênica para o cérebro

A dieta cetogênica tem sido amplamente estudada por seus efeitos no metabolismo, e nos últimos anos também vem despertando interesse pelos possíveis impactos na função cognitiva.

A dieta cetogênica é rica em gorduras e muito baixa em carboidratos. Por isso, induz o estado de cetose nutricional, no qual o corpo produz corpos cetônicos (como o β-hidroxibutirato) que servem como fonte de energia alternativa à glicose — inclusive para o cérebro. Muitos mecanismos contribuem para o efeito positivo na função cognitiva:

  1. Aumento da integridade da BHE
    A dieta cetogênica pode fortalecer as junções entre as células endoteliais, tornando a barreira hematoencefálica (BHE) mais seletiva, ou seja, mais eficiente no bloqueio de substâncias que não devem chegar ao cérebro.

  2. Redução da permeabilidade da BHE
    Diminui o vazamento de substâncias inflamatórias e tóxicas para o cérebro.

  3. Diminuição da inflamação cerebral
    Os corpos cetônicos reduzem citocinas pró-inflamatórias que danificam a BHE.

  4. Redução do estresse oxidativo
    A produção de radicais livres é menor com corpos cetônicos, protegendo a BHE.

  5. Aumento da produção de ATP
    Fornecimento mais eficiente de energia às células endoteliais da BHE.

  6. Melhoria da função mitocondrial
    Corpos cetônicos estimulam a biogênese mitocondrial, beneficiando a saúde da barreira.

  7. Redução da neuroinflamação induzida por lipopolissacarídeos (LPS)
    Dieta cetogênica pode proteger a BHE em modelos de inflamação sistêmica.

  8. Diminuição da expressão de metaloproteinases (MMPs)
    MMPs degradam componentes da BHE, e a dieta reduz sua expressão.

  9. Aumento da expressão de proteínas de junção (claudinas, ocludinas)
    Fortalecendo a barreira física entre células endoteliais.

  10. Diminuição da ativação da microglia
    Menos neuroinflamação significa menor comprometimento da BHE.

  11. Estabilização da glicemia
    Oscilações glicêmicas são prejudiciais à BHE; a dieta cetogênica ajuda a evitá-las.

  12. Redução da resistência à insulina
    Melhora o metabolismo cerebral e a função da BHE.

  13. Estimulação do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF)
    BDNF promove a saúde vascular cerebral.

  14. Aumento da autofagia celular
    Processo de limpeza celular que protege a integridade da BHE.

  15. Redução de AGE (produtos finais de glicação avançada)
    AGE danificam a BHE, e sua produção é menor em cetose.

  16. Diminuição da ativação do NF-κB
    Um fator de transcrição associado à inflamação da BHE.

  17. Aumento dos níveis de ácido β-hidroxibutírico (BHB)
    BHB tem efeitos diretos anti-inflamatórios e protetores na BHE.

  18. Regulação positiva do PGC-1α (coativador gama 1α do receptor ativado por proliferador de peroxissoma)
    Influencia a biogênese mitocondrial e proteção da BHE.

  19. Redução da infiltração de leucócitos no cérebro
    Sinal de menor disfunção da barreira.

  20. Diminuição de citocinas como TNF-α e IL-1β
    Reduzem o dano endotelial da BHE.

  21. Proteção contra hipóxia e isquemia cerebral
    Cetose protege a BHE em condições de baixa oxigenação.

  22. Melhora da sinalização GABAérgica
    Reduz a excitotoxicidade que pode afetar a BHE.

  23. Redução da excitotoxicidade por glutamato
    Menor dano neuronal e vascular.

  24. Aumento da angiogênese cerebral saudável
    Formação de novos vasos cerebrais sem prejudicar a barreira.

  25. Melhora da função dos astrócitos
    Essenciais para suporte da BHE.

  26. Diminuição da ativação dos pericitos
    Reduz estresse mecânico e inflamatório na BHE.

  27. Efeitos anticonvulsivantes indiretos sobre a BHE
    Menor atividade convulsiva protege a integridade da barreira.

  28. Redução da expressão de ICAM-1 e VCAM-1
    Moléculas de adesão inflamatórias que promovem infiltração de leucócitos.

  29. Modulação da microbiota intestinal
    Relação entre intestino e cérebro influencia a integridade da BHE.

  30. Potencial uso em doenças neurodegenerativas
    Como Alzheimer e esclerose múltipla, onde a BHE está comprometida.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/