Biomarcadores de envelhecimentos baseados na metilação do DNA

O artigo DNA methylation-based biomarkers and the epigenetic clock theory of ageing discute como os biomarcadores baseados em metilação do DNA têm sido utilizados para estudar o envelhecimento e prever a longevidade celular. A metilação do DNA é um processo epigenético que envolve a adição de grupos metila ao DNA, o que pode alterar a expressão dos genes sem modificar sua sequência. Ao longo do tempo, padrões específicos de metilação estão associados ao envelhecimento, tornando-se uma ferramenta valiosa para medir a "idade biológica" de um organismo.

A teoria do "relógio epigenético" sugere que a metilação do DNA pode ser usada para estimar a idade biológica de uma pessoa, independentemente de sua idade cronológica. Esse conceito tem ganhado atenção como uma possível forma de identificar intervenções que possam retardar o envelhecimento ou melhorar a saúde durante o envelhecimento. Estudos mostram que os padrões de metilação do DNA mudam ao longo da vida e podem refletir processos biológicos relacionados ao envelhecimento e a doenças associadas à idade.

Ao compreender melhor esses biomarcadores e como eles se relacionam com o envelhecimento, os cientistas esperam desenvolver abordagens para retardar o processo de envelhecimento e aumentar a longevidade saudável.

O artigo Stress, epigenetics, and aging: Unraveling the intricate crosstalk explora como o estresse afeta o envelhecimento e a saúde celular por meio de mecanismos epigenéticos. O estresse crônico, seja físico ou psicológico, pode alterar a expressão dos genes sem modificar a sequência do DNA, um processo conhecido como epigenética. Essas mudanças podem influenciar diversas funções biológicas, acelerando o envelhecimento e aumentando o risco de doenças relacionadas à idade, como problemas cardiovasculares, neurodegenerativos e câncer.

A epigenética envolve modificações, como metilação do DNA e modificações nas histonas, que regulam a expressão gênica. O estresse pode causar alterações nesses processos, levando a um envelhecimento precoce. Além disso, fatores como dieta, ambiente e hábitos de vida também desempenham um papel importante na modulação das respostas epigenéticas ao estresse.

Compreender a interação entre estresse, epigenética e envelhecimento abre possibilidades para intervenções terapêuticas que podem reduzir os impactos negativos do estresse sobre o envelhecimento celular e melhorar a qualidade de vida à medida que envelhecemos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/