A resposta ao estresse é a maneira como o corpo e a mente reagem a situações que são percebidas como desafiadoras ou ameaçadoras. Quando uma pessoa enfrenta uma situação estressante, o corpo ativa mecanismos fisiológicos para lidar com o estresse, como a resposta de "luta ou fuga". Essa resposta envolve a liberação de hormônios como adrenalina e cortisol, que preparam o corpo para agir rapidamente.
Aqui estão algumas formas de resposta ao estresse:
Fisiológica:
Aceleração da frequência cardíaca
Aumento da pressão arterial
Respiração mais rápida e superficial
Liberação de hormônios como adrenalina e cortisol
Tensão muscular
Emocional:
Ansiedade
Frustração
Irritação
Medo
Cognitiva:
Dificuldade de concentração
Pensamentos acelerados ou confusos
Sensação de sobrecarga mental
Comportamental:
Mudanças nos hábitos alimentares
Irritabilidade ou explosões emocionais
Isolamento social
Comportamentos impulsivos ou automáticos (como fumar ou comer em excesso)
Cada pessoa pode reagir ao estresse de maneiras diferentes, dependendo de fatores como genética, resiliência emocional, experiências passadas e apoio social.
Resposta ao estresse é influenciada pela COMT
A resposta ao estresse pode ser influenciada por polimorfismos no gene COMT (catecol-O-metiltransferase), que é um gene responsável pela produção de uma enzima que degrada neurotransmissores como dopamina, norepinefrina (noradrenalina) e outros catecolaminas no cérebro.
COMT está envolvido na regulação do sistema dopaminérgico, que tem um papel crucial na regulação das emoções, no controle do estresse e na cognição. O gene COMT possui variantes genéticas chamadas polimorfismos, que podem afetar a atividade da enzima.
O polimorfismo mais estudado é o val158met, onde ocorre uma substituição de valina (Val) por metionina (Met) no aminoácido 158 da enzima COMT. Dependendo da variante genética, como o do polimorfismo rs4680 (val/val, val/met, met/met), a atividade da COMT varia, e isso pode influenciar a resposta ao estresse de diferentes maneiras:
A variante Val/Val: Está associada a uma maior atividade da COMT, o que pode resultar em uma degradação mais rápida da dopamina. Isso pode levar a uma menor capacidade de lidar com o estresse, pois a dopamina é um neurotransmissor chave na regulação do humor e da motivação.
A variante Met/Met: Está associada a uma menor atividade da COMT, o que resulta em uma maior quantidade de dopamina disponível no cérebro. Embora isso possa favorecer a resposta emocional e o controle do estresse em algumas situações, pode também aumentar a vulnerabilidade ao estresse em condições de sobrecarga cognitiva ou emocional, devido à acumulação de dopamina.
Em suma, o polimorfismo do gene COMT pode afetar como uma pessoa responde ao estresse, dependendo da variante genética presente. Isso significa que a genética pode contribuir para a variabilidade na resposta ao estresse, influenciando a resiliência ou a vulnerabilidade de uma pessoa a condições de estresse crônico.
Entretanto, é importante destacar que o estresse é um fenômeno complexo, e muitos outros fatores genéticos, ambientais e sociais também influenciam a forma como uma pessoa lida com o estresse. Podemos apoiar nosso cérebro com nutracêuticos, fitoterápicos, alimentos e outras ferramentas, buscando trazer de volta ao cérebro e ao organismo o equilíbrio perdido.
E mesmo que o paciente já use medicamentos, associar a dieta e suplementação adequadas ao tratamento traz resultados mais eficientes com menores doses de medicamentos e reduz as chances de novas crises após a medicação ser retirada.
A síntese de neurotransmissores envolve uma série de reações com diversos nutrientes e fatores envolvidos. A Tetrabiopterina(Bh4), que é derivada do ácido fólico, é um exemplo. Ela é necessária para a síntese de ON (Óxido Nítrico, uma molécula vasodilatadora e antitrombótica) e de diversos neurotransmissores. Porém, a Bh4 pode ser degradada na presença de radicais livres.
Folato e vitamina B12: A atividade de COMT depende de certos cofatores, como o folato e a vitamina B12, que são importantes para o metabolismo de homocisteína e para a metilação, um processo essencial para a atividade de muitas enzimas, incluindo a COMT. A deficiência de folato pode diminuir a eficácia da COMT, enquanto níveis adequados de folato podem ajudar na função da enzima.
Cafeína: O consumo de cafeína pode reduzir temporariamente a atividade da COMT, aumentando os níveis de dopamina no cérebro. Isso ocorre porque a cafeína pode interferir na degradação de dopamina pela COMT.
Magnésio: Estudos sugerem que o magnésio pode influenciar a função da COMT, ajudando a regular a atividade dessa enzima e, assim, impactando o equilíbrio de neurotransmissores como a dopamina.
Ácidos Graxos Ômega-3: Os ácidos graxos ômega-3 (encontrados em peixes como salmão e em suplementos) têm sido associados a uma melhor regulação do sistema nervoso central e podem modular a função de enzimas como a COMT. O ômega-3 pode ajudar a proteger contra os efeitos adversos de um estresse crônico, influenciando a sinalização dopaminérgica.
Portanto, não é só uma questão de fornecedor os nutrientes, e sim de permitir que ele siga pelo caminho que vai trazer o maior benefício a quem o consome. Venha estudar mais sobre o cérebro na plataforma t21.
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