USO DO NMN NA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

O NMN (Nicotinamida Mononucleotídeo) é um composto precursor da NAD+ (Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo), uma molécula essencial para a produção de energia celular e para vários processos metabólicos, como a reparação do DNA e a proteção contra o estresse oxidativo. O interesse pelo NMN cresceu recentemente, pois estudos sugerem que ele pode desempenhar um papel na longevidade celular e na proteção contra doenças neurodegenerativas, incluindo a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

Relação entre NMN e ELA

Na ELA, os neurônios motores degeneram progressivamente, levando à perda de controle muscular. A redução dos níveis de NAD+ com o envelhecimento e nas condições neurodegenerativas pode contribuir para essa degeneração. Assim, o NMN tem sido investigado por sua capacidade de aumentar os níveis de NAD+ e, potencialmente, oferecer suporte na preservação das funções neuronais.

Potenciais Benefícios do NMN na ELA

1. Aumento dos níveis de NAD+: A suplementação com NMN pode aumentar a disponibilidade de NAD+, o que pode ajudar a melhorar a função mitocondrial, essencial para a sobrevivência das células nervosas.

2. Proteção contra estresse oxidativo: O NAD+ é importante para a função de enzimas que protegem as células do estresse oxidativo, um dos fatores que contribuem para a morte dos neurônios motores na ELA.

3. Reparação do DNA: O NMN, ao aumentar os níveis de NAD+, também pode apoiar a reparação do DNA, o que é crucial em doenças neurodegenerativas, onde o acúmulo de danos ao DNA é frequente.

4. Redução da inflamação: O NAD+ também está envolvido na regulação da inflamação, que é uma parte do processo patológico na ELA. Portanto, o NMN poderia teoricamente ajudar a moderar a resposta inflamatória que agrava a degeneração neuronal.

Estado Atual da Pesquisa

Embora os efeitos do NMN em modelos animais de doenças neurodegenerativas, como a ELA, tenham mostrado algum potencial, a pesquisa clínica em humanos ainda está em fases iniciais. Não há consenso científico sobre o uso do NMN especificamente para o tratamento da ELA, e mais estudos são necessários para entender seu real impacto, dosagem apropriada e possíveis efeitos colaterais (Lundt et al., 2024).

Embora o NMN seja considerado seguro em doses usadas em estudos com humanos, sua eficácia em doenças como a ELA ainda não está claramente estabelecida. A dose ideal pode variar, especialmente em condições graves como a ELA.

Enquanto o NMN é promissor no campo do envelhecimento e de doenças associadas à neurodegeneração, seu papel no manejo da ELA ainda requer mais evidências.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/