A Pirroloquinolina Quinona (PQQ) é uma pequena molécula com propriedades antioxidantes poderosas e a capacidade de promover a biogênese mitocondrial, ou seja, estimular a criação de novas mitocôndrias, essenciais para a saúde celular e a produção de energia. Esses efeitos tornam a PQQ relevante em diversas condições neurodegenerativas, como a esclerose lateral amiotrófica (ELA), onde o estresse oxidativo e a disfunção mitocondrial desempenham papéis centrais na progressão da doença.
Potenciais Benefícios da PQQ na ELA
Embora a pesquisa sobre o uso da PQQ especificamente na ELA seja limitada, suas propriedades biológicas podem oferecer importantes implicações na proteção dos neurônios motores e no desaceleramento da progressão da doença. A seguir, detalhamos algumas das maneiras pelas quais a PQQ pode ser benéfica na ELA:
Redução do Estresse Oxidativo
Na ELA, o acúmulo de radicais livres e espécies reativas de oxigênio (ROS) contribui para a morte dos neurônios motores. A PQQ é um antioxidante potente, conhecido por neutralizar essas espécies reativas, reduzindo o dano oxidativo às células nervosas e promovendo a sobrevivência celular.Proteção Mitocondrial
As mitocôndrias, responsáveis pela produção de energia nas células, são afetadas na ELA, resultando em produção insuficiente de energia e aumento do estresse oxidativo. A PQQ pode proteger as mitocôndrias existentes e incentivar a criação de novas mitocôndrias, melhorando a eficiência energética das células neurais. Isso é especialmente relevante na ELA, onde a disfunção mitocondrial contribui para a degeneração dos neurônios motores.Efeitos Neuroprotetores
A PQQ tem o potencial de ativar vias de sinalização celular que protegem contra a morte celular, incluindo a ativação da proteína Nrf2. Esta proteína regula a resposta antioxidante e ajuda a combater o estresse celular, o que pode ser benéfico para os neurônios motores, que enfrentam altos níveis de estresse oxidativo e inflamação na ELA.Redução da Inflamação e Neurodegeneração
A inflamação crônica é um fator importante na progressão da ELA, contribuindo para a degeneração dos neurônios motores. A PQQ pode reduzir processos inflamatórios no sistema nervoso, o que poderia resultar em efeitos protetores para os neurônios motores e retardar o avanço da doença.
Doses Usuais de PQQ
As dosagens de PQQ em estudos humanos e na prática de suplementação variam entre 10 mg e 40 mg por dia. Doses mais comuns para suportar a saúde mitocondrial e funções neuroprotetoras estão na faixa de 20 mg a 40 mg diários. A seguir, um resumo das doses recomendadas:
10 mg a 20 mg: Dose comum para suporte antioxidante geral e biogênese mitocondrial.
20 mg a 40 mg: Doses mais altas são usadas para condições que exigem um suporte antioxidante mais intenso ou proteção neuroprotetora. Estas doses devem ser monitoradas para evitar possíveis efeitos colaterais.
Embora a PQQ seja geralmente considerada segura e bem tolerada em doses típicas, doses acima de 60 mg podem causar efeitos como insônia ou problemas gastrointestinais em algumas pessoas. Como sempre, é importante monitorar a resposta individual ao suplemento.
Uso de PQQ em Combinação com Outros Suplementos
A PQQ é frequentemente combinada com outros suplementos que apoiam a função mitocondrial, como a Coenzima Q10 (CoQ10). Essa combinação pode ser sinérgica, pois ambos os compostos melhoram a função mitocondrial, o que pode ser útil para pacientes com ELA.
Considerações Finais
Embora a PQQ apresente benefícios teóricos para pacientes com ELA devido às suas propriedades antioxidantes e sua capacidade de estimular a biogênese mitocondrial, seu uso deve ser considerado com cautela, principalmente devido à falta de estudos clínicos específicos para a ELA.
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