O estudo intitulado "Cardiovascular disease competes with breast cancer as the leading cause of death for older females diagnosed with breast cancer: a retrospective cohort study" investigou as causas de morte em mulheres com 66 anos ou mais diagnosticadas com câncer de mama entre 1992 e 2000, utilizando dados do banco SEER-Medicare. As participantes foram acompanhadas até o final de 2005, com um tempo mediano de seguimento de aproximadamente nove anos.
Principais Descobertas
Causas de Morte: Entre as 63.566 mulheres incluídas no estudo, 15,9% morreram por doenças cardiovasculares (DCV) e 15,1% por câncer de mama. Isso indica que, em mulheres mais velhas com câncer de mama, as DCVs são uma causa de morte tão significativa quanto o próprio câncer.
Impacto das Comorbidades: A presença de comorbidades no momento do diagnóstico influenciou significativamente a mortalidade geral e específica por câncer de mama. As comorbidades mais associadas ao aumento da mortalidade por câncer de mama foram:
Doenças cardiovasculares (risco relativo ajustado de 1,24)
Câncer prévio (1,13)
Doença pulmonar obstrutiva crônica (1,13)
Diabetes (1,10)
Influência da Idade e Estágio do Tumor: Mulheres com câncer de mama em estágio I apresentaram maior probabilidade de morrer por DCV do que por câncer de mama. Além disso, à medida que a idade aumentava, a probabilidade de morte por causas não relacionadas ao câncer também aumentava.
Implicações Clínicas
O estudo destaca a importância de uma abordagem holística no cuidado de mulheres idosas com câncer de mama. Além do tratamento oncológico, é crucial monitorar e gerenciar comorbidades, especialmente doenças cardiovasculares, para melhorar a sobrevida geral dessas pacientes.
Limitações do Estudo
Os autores reconhecem limitações, como a possibilidade de subdiagnóstico de comorbidades e a precisão na determinação da causa da morte. Além disso, os dados do Medicare podem não capturar todas as informações clínicas relevantes.
Obesidade é a principal causa de doenças cardiovasculares
A obesidade é reconhecida como um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, estando associada a cerca de 60% dos casos. Essa conexão ocorre porque o excesso de peso impacta negativamente diversos sistemas do corpo, especialmente o cardiovascular.
Como a obesidade afeta o coração?
Hipertensão arterial: O aumento do tecido adiposo exige que o coração bombeie mais sangue para suprir as necessidades do corpo. Esse esforço adicional eleva a pressão arterial, sobrecarregando as artérias e o músculo cardíaco.
Dislipidemia: A obesidade frequentemente está ligada ao aumento dos níveis de LDL (colesterol ruim) e triglicerídeos, além da redução do HDL (colesterol bom). Essas alterações promovem a formação de placas de gordura nas artérias, dificultando o fluxo sanguíneo e podendo levar à aterosclerose.
Diabetes tipo 2: O excesso de gordura, especialmente visceral, reduz a sensibilidade do corpo à insulina, favorecendo o desenvolvimento de diabetes. Essa condição acelera o processo de danos vasculares e aumenta significativamente o risco de infarto e derrame.
Inflamação crônica: A obesidade está associada a um estado inflamatório de baixo grau que contribui para o desenvolvimento de doenças cardíacas, ao provocar lesões nas paredes dos vasos sanguíneos e alterar sua função.
Insuficiência cardíaca: O esforço constante do coração para lidar com a sobrecarga imposta pelo excesso de peso pode levar a um enfraquecimento progressivo do músculo cardíaco.
A perda de peso, mesmo que modesta, tem um impacto significativo na saúde cardiovascular. Estudos indicam que a redução de apenas 5% do peso corporal pode diminuir a pressão arterial, melhorar os níveis de colesterol e glicose no sangue, reduzir os marcadores de inflamação e aliviar a sobrecarga no coração, contribuindo para uma melhor função cardíaca.
O tratamento da obesidade deve ser multidisciplinar, combinando intervenções nutricionais, prática de atividade física, suporte psicológico e, em casos específicos, tratamento medicamentoso ou cirúrgico.
Mulheres com histórico de colesterol alto devem usar mais ervas
Não deixe o LDL oxidar consumindo mais vegetais de baixo índice glicêmico, chás e ervas antioxidantes. Exemplos>
Suco verde com 2 vegetais
Salada ou sopa de legumes no almoço e jantar
Vegetais (como tomate, berinjela, cogumelos) no omelete
Consuma leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico, soja, tofu, tempeh, humos)
Também é importante fazer atividade física antes, durante e depois do tratamento (Brown, & Gilmore, 2021; Fortner et al., 2022; Friedenreich et al., 2022). A exaustão durante e após o tratamento do câncer é uma realidade. Mesmo assim, existem formas de começar, como 5 a 10 minutinhos de caminhada. Caminhadas comprovadamente reduzem o risco de câncer. O ideal é ir aumentando gradativamente até atingir pelo menos 150 minutos por semana (ou 30 minutos, 5 vezes por semana). Se puder, use um telefone ou relógio que monitore seus passos. Tanto a caminhada, quanto exercícios de impacto (como corrida ou saltar corda) também vão evitar a perda de massa óssea, osteopenia e osteoporose.
Outro exercício que você pode começar são os agachamentos. Você pode fazer mesmo em casa. É um exercício difícil pois exige força nas pernas e equilíbrio. Se precisar fique ao lado de uma parede ou coloque uma cadeira à sua frente para ter mais estabilidade.
Faça o movimento de forma lenta, com consciência corporal, contraindo o abdome para estabilizar a coluna.
Outro movimento maravilhoso é o afundo (lunge), um exercício composto, que envolve várias articulações e grupos musculares em um movimento completo. Exige equilíbrio, coordenação e boa postura para um boa execução.
Se precisar, apoie-se para ter mais segurança.
Um outro exercício para fazer em casa é a prancha (plank). Esse tipo de exercício fortalece o abdome e também aumenta a força dos ombros, ajudando a prevenir lesões e a aliviar dores.
Homens também podem fazer os mesmos exercícios
Para fortalecer os braços você pode usar uma fita elástica em vários exercícios. Se preferir pode usar as faixas elásticas. Estas são estratégias para os que ainda não querem voltar à academia para os exercícios com pesos ou nas máquinas de musculação. Precisando de ajuda, consulte um educador físico.
Atividades para redução do estresse como yoga e terapia, ajudam a melhorar o bem-estar e qualidade de vida, além de reduzir a compulsão alimentar e reduzir a ansiedade. Por fim, não coma muito. Evite especialmente açúcar, doces, refrigerantes e farinhas brancas. Usar apenas adoçantes naturais, como estévia.