Fadiga crônica é uma das queixas mais comuns em meu consultório. Rotinas desequilibradas (muito trabalho, excesso de tempo em redes sociais, pouco exercício, má alimentação) contribuem para o quadro. Além disso, muitas pessoas sofrem com uma tireoide hipofuncionante. Outros sintomas da queda na produção de hormônios da tireoide incluem pele seca, queda e cabelo quebradiço, ligeiro aumento de peso, intolerância ao frio, irritabilidade, esquecimento, depressão, irregularidades menstruais e mesmo infertilidade.
Disruptores endócrinos (cloro, bromo, flúor, ácido perfluorooctanoico das panelas antiaderentes) podem fazer a tireoide funcionar pior, assim como carência de vitamina A, ferro, zinco, selênio e iodo.
Meça a temperatura axilar com um termômetro de mercúrio por 5 dias e depois faça a média. A aferição deve ser feita todo dia ao acordar. Se a média foi abaixo de 36,5 a sua tireoide pode estar desregulada. Afinal, os hormônios dessa glândula são os principais responsáveis pelo controle da temperatura basal.
Se for este o caso procure um endócrino para avaliar melhor. Valores ideais nos exames:
TSH: 1,0 a 2,5 mIU/L (produzido no cérebro pela glândula pituitária)
T3 total: 120 a 160 ng/dL (T3 é 4 vezes mais ativo que T4).
T3 livre: 3,0 a 4,0 ng/dL
T3 reverso (sem função): 0,1 a 0,25 ng/mL (tem menos de 1% da atividade de T4)
T4 livre: 1,0 a 1,4 mUI/L (forma inativa)