A epilepsia infantil é um termo amplo que engloba diferentes tipos de epilepsia que se manifestam em crianças. Existem mais de 500 genes associados às epilepsias e podem gerar alterações na condução nervosa cerebral. Aqui estão alguns dos principais tipos de epilepsia infantil:
Síndrome de West: Também conhecida como espasmos infantis, é um tipo de epilepsia que geralmente se desenvolve nos primeiros meses de vida. Os bebês afetados por essa síndrome apresentam episódios de espasmos musculares súbitos e breves, acompanhados de perda de consciência. Pode causar atraso no desenvolvimento e dificuldades cognitivas.
Síndrome de Lennox-Gastaut: É uma forma rara e grave de epilepsia que geralmente começa na infância. Caracteriza-se por múltiplos tipos de crises epilépticas, incluindo espasmos atônicos (perda súbita de tônus muscular), crises tônico-clônicas e ausências atípicas. A síndrome de Lennox-Gastaut também pode estar associada a atraso no desenvolvimento e dificuldades cognitivas.
Epilepsia focal benigna da infância: Também conhecida como epilepsia rolândica, é uma forma comum de epilepsia em crianças. Geralmente, afeta crianças entre 3 e 13 anos de idade. As crises epilépticas ocorrem principalmente durante o sono e envolvem contrações ou formigamentos em um lado da face ou da boca. A epilepsia focal benigna da infância tende a desaparecer à medida que a criança cresce.
Epilepsia do lobo temporal: É um tipo de epilepsia focal que afeta principalmente o lobo temporal do cérebro. Pode causar crises tônico-clônicas, ausências e sintomas característicos, como alucinações olfativas, sentimentos de déjà vu ou jamais vu e alterações emocionais. O início geralmente ocorre na infância ou adolescência.
Epilepsia ausência infantil: Também conhecida como crises de pequeno mal, é caracterizada por breves períodos de perda de consciência, em que a criança parece estar "desligada" por alguns segundos. Essas crises podem ocorrer várias vezes ao dia e geralmente começam na infância.
Esses são apenas alguns exemplos de epilepsia infantil, e existem muitos outros tipos e síndromes que podem afetar as crianças. É importante que os pais ou responsáveis busquem avaliação médica especializada se suspeitarem que a criança esteja apresentando crises epilépticas.
Os quadros convulsivos frequentemente geram disfunção mitocondrial, defeitos na utilização e transporte de energia, neuroinflamação, alterações na produção e liberação de neurotransmissores.
Cada tipo de epilepsia infantil pode requerer abordagens de tratamento específicas, incluindo medicamentos antiepilépticos e terapias complementares, e o acompanhamento médico adequado é essencial para controlar a condição. Além disso, a terapia nutricional é muito importante. O uso de antioxidantes, nutrientes para produção de neurotransmissores, estratégias para a redução da excitotoxicidade glutamatérgia e da inflamação. Muitas destas questões são atacadas pela dieta cetogênica.