A genética exerce um papel no risco de desenvolvimento do câncer. Contudo, o ambiente exerce um papel ainda maior. Dieta inadequada, sedentarismo, obesidade, tabagismo, estresse, exposição a toxinas estão entre os fatores que alteram o epigenoma e aumentam o risco de cancro.
O epigenoma é uma espécie de mapa que se sobrepõe ao mapa do genoma. O genoma é toda sua informação hereditária, codificada no seu DNA. O epigenoma são as marcas químicas que vão sendo deixadas sobre ele, alterando, de forma favorável ou desfavorável, a expressão de genes.
Ou seja, mesmo uma pessoa sem riscos genéticos importantes para câncer, pode desenvolver a doença ao ser exposta à doses excessivas de radiação. Por outro lado, outras pessoas, que herdaram uma genética mais desfavorável não desenvolvem a doença pois durante a vida tiveram um estilo de vida promotor da saúde.
A epigenética é uma área de pesquisa que mostra como as influências ambientais afetam a expressão de nossos genes. Ou seja, a informação genética é a mesma que herdamos dos nossos pais. Mas as alterações podem ocorrer pelo acúmulo de marcas químicas. O conjunto de marcas é justamente conhecido como epigenoma. Até experiências (como traumas, especialmente na infância) mudam a forma como nosso material genético se expressa.
Evidências crescentes da última década forneceram pistas sem precedentes de que a dieta e os fatores ambientais influenciam diretamente os mecanismos epigenéticos em humanos. Por exemplo, os polifenóis dietéticos do chá verde, de condimentos como açafrão e de alimentos como soja, brócolis e azeite demonstraram possuir múltiplas atividades reguladoras de células dentro das células cancerígenas.
Alguns dos polifenóis da dieta podem exercer seus efeitos quimiopreventivos em parte modulando vários componentes da maquinaria epigenética em humanos. Uma dieta colorida, baseada em plantas, é muito importante na regulação epigenética, por meio de processos como a metilação.
Um aspecto muito importante na prevenção do câncer é o controle da resistência insulínica. Neste sentido, evitar açúcares adicionados, bebidas doces, excesso de carboidratos (especialmente de alimentos ultraprocessados e lanchonetes fast food) e manter um peso saudável é muito importante.
Uma das estratégias que vem sendo cada vez mais estudadas para prevenção e tratamento do câncer é a dieta cetogênica. O efeito antitumoral proposto baseia-se na observação de Warburg, de que as células cancerígenas preferem a glicólise anaeróbica, mesmo na presença de oxigênio.
Além disso, as células cancerígenas usam a glicólise para a rápida proliferação celular e a formação de metástases. Assim, a restrição de carboidratos e o aumento de gorduras, para redução da disponibilidade de glicose vêm sendo investigada em vários estudos tanto na prevenção, quanto tratamento da doença.
A dieta cetogênica é difícil de ser seguida e as preferências do paciente devem ser levadas em consideração. Contudo, há maneiras de facilitar a cetose, mesmo sem tanto corte de carboidratos, como o uso de suplementos de triglicerídeos de cadeia média, como C8, além do uso de cetonas exógenas. Em pacientes com câncer recomenda-se um índice glicose/cetonas ≤3. Saiba mais no vídeo abaixo:
APARELHOS PARA MONITORAÇÃO DE GLICOSE E CORPOS CETÔNICOS:
BRASIL - Freestyle Optium Neo
EUA - KetoMojo
EUROPA - KetoMojo e GoKeto