Suplementos de colágeno

O colágeno é uma proteína formada por três cadeias de aminoácidos, que se enrolam uma às outras e criam o formato de uma hélice tripla. Múltiplas triplas hélices de colágeno formam as fibrilas e o conjunto de fibrilas dá origem à fibra de colágeno. Na pele, as fibrilas são formadas principalmente por colágeno tipo I (85%) e III (15%); nas cartilagens, por colágeno tipo II e III. O colágeno tipo I é o mais abundante no corpo humano, responsável pela formação de mais de 90% da massa óssea e por representar o principal componente da pele (80%).

Para que serve o colágeno?

A família do colágeno representa cerca de 35% do total de proteínas em nosso corpo. O colágeno é classificado em 28 tipos, sendo que quatro são os mais conhecidos:

  • O colágeno tipo I é o mais abundante e é encontrado na pele, nos tendões, ossos e dentes. Apresenta-se sob a forma de fibras grossas, sendo o mais resistente a tensões.

  • O colágeno tipo II é encontrado nas cartilagens. Associa-se a outras células da matriz extracelular, ligando-se fortemente à água, por exemplo. Ele funciona como uma esponja, cedendo água quando pressionado e voltando à forma primitiva quando a pressão cessa. Funciona como uma espécie de mola, que permite ao joelho, por exemplo, aguentar o peso do corpo.

  • O colágeno tipo III é comumente encontrado nas artérias, no músculo dos intestinos e do útero e em órgãos como o fígado, o baço e os rins. As fibras deste tipo de colágeno apresentam certa elasticidade, e por isto são sempre encontradas em órgãos de forma variável.

  • O colágeno tipo IV é formado por moléculas de colágeno que não se associam em fibrilas. Elas se prendem umas nas outras pelas extremidades e formam uma rede semelhante a uma tela de arame. Ao se associar a moléculas não fibrosas da matriz extracelular, formam uma membrana que age como um filtro.

Como nosso corpo produz colágeno?

A síntese do colágeno não está centralizada em um órgão específico. Ele é produzido, principalmente, pelas células epiteliais e musculares e pelas células dos capilares sanguíneos. Esses diferentes locais de produção são capazes de gerar 28 variações de colágeno, que são úteis em diversos processos pelo organismo. Mas uma coisa não muda: é preciso que estejam presentes, na quantidade certa, os aminoácidos glicina, prolina e lisina (principais constituintes do colágeno), além de cofatores como vitaminas e minerais. A partir desses ingredientes, o organismo vai “decidir” qual tipo deve ser produzido, de acordo com suas carências.

Outros nutrientes ajudam na produção de colágeno

Para que o corpo consiga sintetizar as moléculas de colágeno, é preciso que ele disponha de cinco aminoácidos, sendo três essenciais (glicina, prolina e lisina) e dois auxiliares (treonina e arginina). Estes últimos, assim como a vitamina C, participam da transformação de glicina e prolina em hidroxilisina e hidroxiprolina, respectivamente.

O ácido hialurônico é um dos principais componentes da matriz extracelular da pele, ocupando os espaços intracelulares. É diretamente responsável pela promoção da umidade e da flexibilidade nos tecidos.

O silício é um mineral que, assim como a vitamina C, participa da formação de hidroxiprolina e hidroxilisina. A falta de silício pode deixar os cabelos e as unhas quebradiços, e a pele e as articulações frágeis. Para que o silício seja absorvido de forma eficiente, é importante que esteja ligado à colina, substância facilmente reconhecida pelo corpo.

A vitamina C é também um componente necessário na biossíntese dos aminoácidos hidroxiprolina e hidroxilisina e, consequentemente, para a formação do colágeno. Esses aminoácidos estabilizam a tripla hélice do colágeno, e sua ausência resulta na formação de colágeno estruturalmente instável.

Além da vitamina C, as vitaminas A (betacaroteno), B7 (biotina) e E (tocoferóis) têm papel importante na formação e estabilização das moléculas de colágeno. Entre os minerais, o zinco e o cobre desempenham papel importante no processo de produção de colágeno.

Alimentação variada para aumento de produção de colágeno

Todos os nutrientes necessários para garantir a produção de colágeno podem ser extraídos da alimentação. Inclua na dieta lentilha (glicina), soja (lisina), nozes (prolina, arginina e treonina), laranja, limão, lima acerola (vitamina C), gema de ovo, manga, cenoura, abóbora (vitamina A e carotenoides), abacate, azeite de oliva extra virgem (vitamina E), amêndoas para vitamina B7 (biotina). A laranja e a acerola são fontes famosas de vitamina C, enquanto a manga pode fornecer vitamina A, o abacate contém vitamina E e as amêndoas, ovos, abacate, salmão e batata doce fornecem vitamina B7 (biotina). Boas fontes de minerais são a semente de abóbora, ostaras castanha-de-caju (zinco) e chocolate amargo, grão de bico, espinafre, gergelim (cobre).

Uma ajudinha para aumentar colágeno

A reposição de colágena é dificultada com o envelhecimento. A partir dos 30 anos a a capacidade de repormos o colágeno naturalmente diminui cerca de 1,0% a 1,5% ao ano. As fibras de colágeno tornam-se mais espessas e curtas, resultando em perda de colágeno tipo I e desequilíbrio na proporção entre os tipos de colágeno.

A densidade do colágeno e da elastina na derme também diminui. A perda de ácido hialurônico resulta em diminuição da umidade e flexibilidade da pele. Todas essas alterações reduzem a firmeza da pele e desalinham os contornos faciais, o que resulta em linhas de expressão e sulcos agravados pela força da gravidade.

A cartilagem presente na extremidade dos ossos é constituída por, aproximadamente, 60% de colágeno tipo II. Por razões multifatoriais como inflamação crônica, fraqueza muscular, envelhecimento natural, exercícios de impacto, sobrepeso ou obesidade, as articulações se desgastam, podendo gerar um processo de inflamação e dor, muito comum a partir da 5a década de vida.

Pioram a situação

O consumo de açúcar aceleram o processo de perda de colágeno. Reduzindo a ingestão de açúcar, você está diminuindo a liberação de Produtos Finais de Glicação Avançada que envelhecem o tecido da pele, prejudicam vasos e cérebro.

O outro grande vilão da dieta são os óleos vegetais processados (soja, milho, girassol, canola). O aquecimento desses óleos pela indústria, distorce sua estrutura química, geram oxidação e liberação de radicais livres. Substitua essas gorduras por manteiga, óleo de coco, óleo de abacate e azeite.

Movimento e a atividade física também são essenciais para manter a juventude, promover o fluxo sanguíneo, a oxigenação total do corpo e liberar toxinas tanto pela pele quanto pelo sistema linfático. O sedentarismo é associado a envelhecimento mais acelerado.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/