A dieta de boa qualidade está associada a um risco reduzido de transtornos mentais. As propriedades anti-inflamatórias e os compostos bioativos de uma gama diversificada de itens alimentares de origem vegetal têm ganhado crescente suporte evidencial de pesquisas pré-clínicas, observacionais e clínicas emergentes.
Nutrientes e compostos bioativos com propriedades antidepressivas, além de desinflamarem, combatem estresse oxidativo, regulam hormônios, melhoram a qualidade de membranas, fornecem energia e nutrientes para a síntese de neurotransmissores. Dentre estes compostos destacam-se folato, ferro, ácidos graxos ômega-3 de cadeia longa (EPA e DHA), magnésio, potássio, selênio, tiamina, vitaminas A, B6, B12, C, zinco e polifenois (LaChance, & Ramsey, 2018).
Dentre os alimentos com maior densidade desses nutrientes foram classificados, destacando-se:
Alimentos de origem animal:
Moluscos bivalves: Ostras e mexilhões.
Outros frutos do mar: Peixes diversos.
Alimentos de origem vegetal:
Verduras folhosas: Espinafre, couve e alface.
Pimentões: Vermelhos, amarelos e verdes.
Vegetais crucíferos: Brócolis, couve-flor e repolho.
Frutas: especialmente as berries.
Ervas e condimentos variados.
A variedade da alimentação é fundamental.
Incorporar esses alimentos na dieta pode fornecer nutrientes que auxiliam na prevenção e recuperação de transtornos depressivos.
Mecanismos potencialmente antidepressivos dos polifenóis
Redução na concentração de mediadores pró-inflamatórios
Redução do estresse oxidativo
Menor ativação do eixo HPA e dos níveis circulantes de glicocorticoies
Promoção da neurogênese do hipocampo
Aumento dos níveis de BDNF
Diminuição da razão da via quinurenina/triptofano
Mudança na produção de metabólitos protetores em vez de tóxicos na via da quinurenina
Melhoria da composição microbiana intestinal