O interesse pela cetose como um estado metabólico potencialmente benéfico para a saúde começou no campo da epilepsia na década de 1920 , e nas décadas mais recentes o interesse expandiu-se para uma ampla gama de condições neurológicas, incluindo o declínio cognitivo leve, a doença de Alzheimer tratamento da obesidade e diabetes.
A dieta cetogênica promove o estado de cetose nutricional. Caracteriza-se pela restrição de carboidratos e maior consumo de gordura. O fígado, sem carboidratos, passa a utilizar ácidos graxos para produzir os corpos cetônicos (“cetonas”) β-hidroxibutirato (BHB) e acetoacetato (AcAc).
As cetonas são transportadas pelo sangue e fornecem energia para diversos tecidos, o que é essencial para o cérebro, devido à sua capacidade limitada de extrair energia diretamente dos ácidos graxos.
Os triglicerídeos de cadeia média (TCM) são facilmente convertidos em corpos cetônicos, facilitando a entrada em cetose. Os TCN contém entre 6 e 12 átomos de carbono. Exemplos: ácidos capróico (C6), caprílico (C8), cáprico (C10) e láurico (C12).
Produtos comuns de TCM frequentemente contém, C8 ou a mistura C8+C10. Já o óleo de coco é constituído por quase 50% de C12 e apenas ≈6–8% de C8 e ≈6–8% de C10. A produção de corpos cetônicos costuma ser mais rápida após o consumo de doses maiores de C8.
Nos protocolos de dieta cetogênica, o consumo de carboidratos frequentemente limita-se a 20 a 50 g ao dia. O consumo de suplementos de TCM com o objetivo de atingir a cetose é otimizado pela combinação com alimentação com restrição de carboidratos. Uma janela de pelo menos 16 horas sem carboidratos, facilita a cetose (Norgren et al., 2020).