O zinco é fundamental para o desenvolvimento fetal. A deficiência deste mineral é muito comum em gestantes, particularmente no terceiro trimestre. O zinco é necessário para enzimas envolvidas no crescimento cerebral, para proteínas que formam a estrutura cerebral, para a neurotransmissão e lactação (colostro é extremamente rico em zinco).
No cérebro é encontrado em áreas que modulam cognição, comportamento e respostas afetivas aos estímulos, incluindo hipocampo, cerebelo e córtex pré-frontal. Também é concentrado em neurônios do córtex e sistema límbico (Brion, Heyne, & Lair, 2020).
Avaliação do zinco na gestação
Zinco sérico (70 a 130 mcg/dL) - ideal: > 100 mcg/dL
Zinco eritrocitário (440 a 860 mcg/dL) - ideal: > 500 mcg/dL (melhor parâmetro, porém este exame é mais caro)
Suplementação de zinco
O ideal é começar a melhorar o aporte de zinco antes de engravidar pois o zinco é o mineral que mais demora a ser reposto (4 a 6 meses). Dosagens na maioria dos casos:
1o trimestre: 10 a 15 mg/dia
2o e 3o trimestre - suplementar de acordo com exames (15 a 40 mg/dia)
Formas de suplementação: quelado, glicina, zinco carnosina (menos dor epigástrica). Quando o suplemento é ingerido em cápsula não há problema em relação ao sabor. Já quando o zinco está em sachê deve-se atentar à escolha da forma farmacêutica.
O zinco sulfato tem sabor metálico muito forte, não sendo adequado para pós ou xarope, por exemplo.
Óxido de zinco é menos disponível, tem mais efeitos colaterais mas tem mais zinco (em torno de 80%). O gluconato tem menos zinco. A farmácia precisa aplicar um fator de correção para ter certeza que o paciente vai receber a dosagem adequada do mineral prescrito.
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