Sabemos que para a absorção eficiente de nutrientes acontecer precisamos de uma boa saúde digestiva. O mesmo acontece com os compostos fenólicos, derivados do metabolismo das plantas. Estes compostos não costumam ser bem absorvidos pois não existem receptores específicos no corpo humano para substâncias das plantas. Para melhorar a absorção destas substâncias que tanta proteção geram ao corpo humano, o intestino precisa estar bem saudável.
Estas substâncias das plantas geralmente estão na forma glicosídica, ou seja, ligadas a uma molécula de carboidrato. Desta forma, podem ser absorvidos pelo receptor SGLT1 (proteína transportadora de glicose, dependente de sódio).
Outra forma de absorção destes compostos fenólicos é na forma de aglicona. Uma possibilidade é a microbiota intestinal saudável transformar a forma glicosídica do fitonutriente na forma aglicona, que é melhor absorvida. Para isto, precisamos de uma microbiota em equilíbrio. Uma dieta baseada em vegetais, rica em fibras e fitobióticos (como resveratrol, quercetina, rutina) ajuda a manter uma microbiota equilibrada. Aprenda aqui a tratar a disbiose intestinal.
Há também uma enzima no intestino (LPH) que quebra a molécula em aglicona. A LPH é um tipo de lactase (lactase-phlorizin hydrolase enzyme). Lembrando que as agliconas são absorvidas junto com gordura. Uma dieta pobre em lipídios fará com que menos destas substâncias protetoras, antioxidantes e antiinflamatórias sejam absorvidas.
O melhor livro sobre biodisponibilidade de nutrientes em língua portuguesa é o da Dra. Silvia Cozzolino, disponível aqui.
