Viroma e micoma intestinal

O viroma intestinal compreende vírus capazes de infectar células hospedeiras de mamíferos, bem como células eucarióticas, bacterianas, fúngicas e archaea. Os vírus que infectam bactérias (isto é, bacteriófago ou simplesmente fago) predominam em número e diversidade no viroma. Alguns fagos no intestino são líticos (virulentos). Sequestram a maquinaria de transcrição / tradução da célula hospedeira para gerar muitos mais componentes de fago antes de lisar (romper) a membrana da célula hospedeira e liberar partículas de fago no ambiente local.

No entanto, mais comumente os fagos no intestino são lisogênicos, onde incorporam seu DNA no plasmídeo ou genoma da célula hospedeira e se replicam junto com o hospedeiro ao longo do tempo. Além de se replicar com seu hospedeiro por meio de divisões sucessivas, o fago lisogênico também pode impulsionar a diversificação e a evolução, transmitindo novos genes ao seu hospedeiro bacteriano que pode aumentar a gama de utilização do substrato, induzir virulência, proteger contra superinfecção por fago, fornecer resistência contra antimicrobianos e muitos outros fatores de crescimento positivos (como eliminação de Clostridium) e negativos (como morte celular).

As interações microbianas entre reinos entre membros do microbioma. Todos os micróbios do intestino interagem entre si; Os micróbios interagem entre si (A), com helmintos (B) e seus hospedeiros, estabelecendo relações tróficas (simbióticas ou parasitárias). Essas interações são categorizadas como competição ou cooperação para sobrevivência, nutrientes (C) e sítios de adesão (D) na mucosa. A maioria desses micróbios produz metabólitos específicos (ácidos graxos de cadeia curta) (E) e fornece energia às células epiteliais intestinais (IEC), influenciando o sistema imunológico (F-G) e a homeostase geral. DC = células dendríticas; Mo = Macrófagos (Vemuri et al., 2020)

Além de vírus existem muitos fungos no intestino. O excesspo pode ser um indicativo de doença e comprometimento do sistema imune. Os fungos mais comuns identificados (Candida, Malassezia, Geotrichum, Cladosporium) também são patógenos oportunistas. Nas doenças inflamatórias intestinais a quantidade de fungos aumenta, gerando hipersensibilidade visceral.

Dado o potencial de interação das vias sensoriais nociceptivas pelo micobioma, os fungos podem muito bem desempenhar um papel maior no eixo intestino-cérebro do que se pensava anteriormente. A caracterização do viroma e do micoma intestinal ainda está na infância da ciência. Enquanto isso, o que de mais importante podemos fazer é adotar uma dieta baseada em plantas, bem diversificada, muito rica em fibras e fitoquímicos. Estes compostos modulam positivamente o microbioma, ajudando na manutenção da saúde física e mental. Para aprender mais sobre modulação intestinal clique aqui.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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