A glicina é um aminoácido não essencial. Está presente nos alimentos mas também consegue ser produzido em nosso corpo a partir de outros aminoácidos como serina, treonina, a partir de unidades de carbono, nitrogênio e CO2, assim como a partir do glioxalato.
Pacientes com obesidade possuem disponibilidade reduzida de glicina. que é importante, por sua vez, para síntese de colina, heme, glutationa, sais biliares… Mesmo quando os pacientes ingerem glicina a partir de ovos, peixe, carne, laticínios, leguminosas, castanhas ou suplementos, a glicina pode estar baixa.
A composição bacteriana intestinal influi na capacidade de utilização da glicina. Sabemos que indivíduos obesos possuem uma microbiota distinta de pessoas não obesas (Vitiato, Beninca, & Mazur, 2022) comprometendo a absorção de nutrientes e produção de metabólitos a partir da glicina.
Funções da glicina
A glicina é um aminoácido importante para a detoxificação hepática, também é fundamental para a produção do antioxidante glutationa e de creatina, aminoácido fundamental para músculos e cérebro. Também melhora a liberação de hormônios intestinais importantes para a ação da insulina.
A queda da glicina está associada então à maior risco de estresse oxidativo, de esteatose hepática, de diabetes, doença de Parkinson e Alzheimer. Por isso, sempre é muito importante cuidar do intestino de todos e ainda mais do indivíduo obeso.