As emissões dos motores a jato contêm grandes quantidades de partículas nanométricas, que são particularmente propensas a atingir as vias aéreas inferiores após a inalação. O tamanho das partículas e os níveis de emissão dependem do tipo de aeronave, condições do motor e tipo de combustível, bem como dos modos de operação. Profissionais que trabalham nas pistas dos aeroportos acabam se expondo às emissões de motores. Mas todo mundo que está perto, quem viaja demais e pessoas vivendo em áreas residências próximas a aeroportos acabam se expondo mais a compostos que aumentam o estresse oxidativo e a incidência de problemas pulmonares (Bendtsen et al., 2021).
Outro fator que eleva o estresse oxidativo é o ruído. Sons muito altos aumentam o risco de danos ao ouvido interno. Além disso, o barulho também tem efeitos malévolos não auditivos, como aumento da incidência de distúrbios do sono e problemas da comunicação, prejuízo no desenvolvimento cognitivo das crianças, aumento do risco de problemas cardiovasculares e mentais, incluindo em particular a doença de Alzheimer, depressão e transtornos de ansiedade (Frenis et al., 2022).
Devido à crescente facilidade e acessibilidade das viagens aéreas e da mobilidade das pessoas, as doenças infecciosas transmitidas pelo ar, por alimentos, por vetores e zoonóticas transmitidas durante as viagens aéreas comerciais são um importante problema de saúde pública. As viagens aéreas podem ter um papel importante na rápida disseminação de infecções emergentes, como aconteceu em 2022 e em 2019 com o COVID. Eu mesma peguei COVID em uma viagem aérea entre Portugal e Brasil em outubro de 2022. Conto um pouco neste vídeo:
PRECISA DE AJUDA? MARQUE SUA CONSULTA ONLINE