Um novo estudo do MIT descobriu que a doença de Alzheimer interrompe pelo menos uma forma de memória visual ao degradar um circuito que conecta os centros de processamento da visão de cada hemisfério cerebral.
Os resultados do estudo, publicados na Neuron por uma equipe de pesquisa do The Picower Institute for Learning and Memory, vêm de experimentos em camundongos, mas fornecem uma base para observações prévias feitas em humanos: o grau de sincronia do ritmo cerebral diminuído entre as regiões correspondentes em cada hemisfério correlaciona-se com a gravidade clínica da demência (Adaikkan et al., 2022).
O trabalho do Dr. Adaikkan identificou neurônios que conectam o córtex visual primário (V1) de cada hemisfério e mostrou que quando as células são interrompidas, seja por alterações genéticas que modelam a doença de Alzheimer ou por perturbações (como traumas), a sincronia do ritmo cerebral se reduz e os camundongos se tornam significativamente menos capazes de perceber quando um novo padrão apareceu em uma parede de suas gaiolas. Esse reconhecimento da novidade, que requer memória visual do que estava lá no dia anterior, é uma habilidade comumente interrompida na doença de Alzheimer.