Muitas pessoas possuem deficiência de vitaminas de vitaminas do complexo B, o que atrapalha o processo de metilação e a expressão genética. Só que muita gente lê ou assiste vídeos no youtube e pensa que deve sair suplementando vitaminas em altas quantidades. Mas não é verdade que quanto mais melhor. O corpo precisa de equilíbrio entre nutrientes. E isso varia também entre as pessoas dependendo da singularidade genética de cada um.
Ácido fólico baixo no sangue (<6ng/mL) é prejudicial). Mas as vezes a pessoa tem deficiência de B9 mesmo com valores acima de 20 ng/mL. Isto porque variações dos genes DHFR e MTHFR fazem com que o corpo não consiga utilizar B9 eficientemente. Neste caso, a suplementação ideal é na forma de ácido folínico ou metilfolato (Liu et al., 2022). Por isso, o exame genético é tão interessante.
Mas quem não tem polimorfismo genético e está com B9 alto está é com excesso, provavelmente por suplementação em alta dosagem. O excesso de folato (vitamina B9) aumenta o risco de câncer e também interrompe a hematopoiese normal, possivelmente pelo aumento do metabolismo do carbono 1 - ciclo abaixo - que é importantíssimo em vários processos celulares.
Imagem: Lyon et al. , 2020
Os autores da imagem acima apontam que as consequências do excesso desses nutrientes no nosso organismo podem promover proliferação celular e aumento exagerado de SAM (S-adenosilmetionina), que permite com que as células mantenham seus estados hipermetilados.
Isso poderia levar ao desenvolvimento de câncer, pois a manutenção da metilação é importante para controle de algumas malignidades (Lyon et al. , 2020).
Vitamina B12 alta sem suplementação pode ser devido a polimorfismo ou também à processso cancerígeno. Veja aqui. E é por isso que a atuação na nutrição de precisão é tão fundamental nesta era de suplementos disponíveis para qualquer pessoa, em qualquer lugar.
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