A preferência ou aversão ao coentro tem relação com nossa genética (Eriksson et al., 2012). Pessoas que detestam coentro geralmente possuem uma alteração genética que os tornam mais sensível ao aldeído, um composto orgânico presente nas folhas de coentro e também na baunilha, canela e amêndoas amargas.
Esse aldeído semelhante ao álcool é muito usado na produção de perfumes. Para uma parte das pessoas com aversão ao coentro, o cheiro do vegetal pode lembrar o aroma de sabão, por exemplo. Quando o cérebro sente cheiro do coentro e o associa ao sabão, a repulsa surge como uma forma do nosso corpo se proteger de algo que não é comestível.
Mas é possível mudar sua opinião em relação ao ingrediente. Como? Explicando ao seu cérebro que esta erva é sim comestível. Quanto maior sua exposição a diferentes pratos com coentro menor será sua aversão. Você pode cheirar pratos com coentro, inserir um pouquinho em alimentos que você naturalmente gosta (seja salada, sopa, peixe…). Outra estratégia é picar bem o coentro para quebrar os aldeídos, que acabam evaporando e reduzindo o desconforto olfativo. Isso é interessante pois o coentro é dessas ervas super poderosas e protetoras.
Benefícios do coentro
Óleo essencial (0,4 a 1,5%): d-linalol ou coriandrol (60 a 85%), geraniol, brneol, d-oineno, alfa-pineno, p-cimeno, limoneno, acetato de geranilo, alcanfor (principalmente nas sementes);
Flavonóides: luteolina, orientina, quercetina, apigenina, rutina e campferol;
Ácidos fenólicos: ferúlico, caféico, clorogênico;
Carotenóides (principalmente nas folhas e caule): beta-caroteno, acetato de retinol;
Cumarinas (principalmente nas folhas e caule): umbeliferona, 4-hidroxicumarina, escopoletina);
Ácido ascórbico (vitamina C);
Taninos hidrolisáveis: derivados do ácido gálico;
ácidos graxos (15 a 30%): esteárico, linoléico, palmítico;
Sais minerais: potássio, cálcio, fósforo, magnésio;
Aminoácidos: glutamina, arginina