Deficiência absoluta de ferro é presente quando o paciente possui ferritina menor que 30ng/mL ou a combinação de ferritina entre 30 ng/mL e 100 ng/mL com saturação da Transferrina menor que 20% e PCR maior que 3. Crianças com parasitoses, mulheres que tem um fluxo menstrual muito alto, veganos, pessoas com doenças inflamatórias intestinais, indivíduos obesos e diabéticos estão sob maior risco de desenvolvimento de anemia.
Pacientes obesos possuem mais hemodiluião e anemia. É comum que obesos estejam hiperalimentados mas desnutridos em micronutrientes e extremamente inflamados, o que afeta o status de ferro (Astrup, & Bügel, 2018; Cepeda-Lopez et al., 2019).
Dicas para correção da anemia ferropriva
Para correção da deficiência de ferro, suplemente de 30 a 45 mg de ferro elementar (dose de ferro “puro”) por 3 a 6 meses. Sim, demora para a correção acontecer. Prefira formas químicas como: Ferro quelado, Ferro Taste Free, Ferro lipossomado, ferro sucrossômico, Ferro bisglicinato.
Para redução dos efeitos adversos, suplemente em dias alternados. Doses elevadas de ferro oral são prejudiciais, não ajuda a corrigir a anemia mais rápido e pode causar desconforto gástrico, constipação e irritação intestinal, inflamação e disbiose.O melhor horário de suplementação é o período matutino, visto que há aumento circadiano da hepcidina plasmática. A hepcidina é uma proteína produzida pelo fígado e que regula a absorção de ferro no intestino delgado. Após o período mínimo de 3 meses, reavalie os exames de sangue (STOFFEL, et al., 2020).