A doença hepática relacionada ao álcool acontece por danos ao fígado causados pela ingestão excessiva de etanol. Existem vários estágios de gravidade e uma série de sintomas associados. Os sintomas vão aparecendo conforme o grau de dano hepático aumenta. No início a pessoa pode sentir-se nauseada, pode perder peso e apetite. Conforme a doença evolui os olhos e a pele vão ficando mais amarelados (icterícia), tornozelos e abdomem incham, a pessoa sente-se mais sonolenta e confusa, podem ocorrer vômitos ou aparecimento de sangue nas fezes. Isto tudo ocorre pois o fígado vai deixando de desempenhar suas funções.
O fígado é muito resistente e capaz de se regenerar. Ms cada vez que seu fígado filtra o álcool, algumas de suas células morrem. Novas células são criadas, mas o abuso crônico do álcool reduz essa capacidade de regeneração. Isso pode resultar em danos sérios e permanentes ao órgão.
Estágios da doença hepática
O primeiro estágio da doença é a esteatose, ou seja, o acúmulo de gorduras no fígado. A doença hepática gordurosa raramente causa sintomas, mas é um importante sinal de alerta de que você está bebendo em um nível prejudicial. Este estágio é reversível com a abstenção do álcool e uma dieta mais antiinflamatória.
O segundo estágio é a hepatite alcoólica, que não está relacionada à hepatite infecciosa. É uma condição potencialmente grave que pode ser causada pelo uso indevido de álcool por um período mais longo. O dano hepático associado à hepatite alcoólica leve geralmente é reversível se você parar de beber permanentemente. A hepatite alcoólica grave, no entanto, é uma doença grave e com risco de vida. Muitas pessoas morrem da doença todos os anos e algumas pessoas só descobrem que têm danos no fígado quando sua condição atinge esse estágio.
O terceiro estágio da doença hepática é a cirrose. Aqui, o fígado já foi tantas vezes lesionado e cicatrizado que acabou perdendo muito de sua função. Parar de beber pode evitar mais danos e aumentar significativamente a expectativa de vida. Complicações pode incluir sangramento interno, encefalopatia (acúmulo de toxinas no cérebro), ascite (acúmulo de líquido no abdomen), insuficiência renal, câncer de fígado, maior vulnerabilidade à infecção. O tratamento é o transplante.
ALÉM DA DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA EXISTE A DOENÇA HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA
Sedentarismo e dieta inadequada também podem lesionar o fígado.
Além da prática de exercício físico e restrição calórica, a presença de alguns alimentos em específico pode exercer efeitos preventivos ou terapêuticos sobre a esteatose e/ou contribuir para a melhora de parâmetros metabólicos associados, como dislipidemias e resistência insulínica. Os estudos clínicos mostram evidências mais convincentes para o consumo de ômega-3, peixes fontes de ômega-3, café e oleaginosas. Alimentos como a batata doce roxa a linhaça, o abacate e o azeite parecem promissores.