Microbiota, resposta ao estresse e depressão

A depressão afeta pelo menos 322 milhões de pessoas em todo o mundo, ou aproximadamente 4,4% da população mundial e o número de casos não para de crescer. Além de questões genéticas, estresse e traumas, evidências mais recentes apoiam a hipótese de que o microbioma intestinal, ou os trilhões coletivos de micróbios que habitam o trato gastrointestinal, é um fator importante que determina tanto o risco de desenvolvimento de depressão quanto a persistência de sintomas depressivos.

Nosso corpo está equipado com uma maquinaria biológica capaz de reunir uma resposta defensiva a estímulos estressantes. Em resposta ao estresse, o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) é ativado e o fator liberador de corticosterona (CRF) é liberado dos neurônios paraventriculares do hipotálamo. O CRF estimula a liberação do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) da hipófise anterior, que por sua vez induz a síntese e liberação de cortisol pelo córtex adrenal.

A microbiota influencia o desenvolvimento do eixo HPA e, portanto, a resposta ao estresse. Animais criados em um ambiente estéril desde o nascimento exibem atividade inflada do eixo HPA com níveis elevados de ACTH e corticosterona em resposta a um estressor. Curiosamente, a atividade do eixo HPA é normalizada após a colonização com bactérias comensais de camundongos controle saudáveis.

Embora os estudos que investigam os efeitos de suplementos prebióticos ou probióticos no comportamento de estresse em humanos sejam limitados, eles indicam o papel da microbiota gastrointestinal no estresse e nas respostas emocionais. Da mesma forma, uma combinação de probióticos (Lactobacillus helveticus R0052 e Bifidobacterium longum R0175) e prebiótico (galactooligossacarídeo) provaram ser eficazes em aumentar a resiliência do indivíduo ao estresse e melhorar as respostas emocionais em indivíduos saudáveis. É comum, por exemplo, que indivíduos com depressão apresentem números significativamente menores de Bifidobacterium e Lactobacillus em comparação com indivíduos não deprimidos.

Papel da dieta na depressão

A alimentação influencia o funcionamento cerebrao. Por exemplo, uma dieta ocidental, mais rica em carboidratos simples, parece estar associada a um risco aumentado de depressão, enquanto a dieta mediterrânea de características antiinflamatórias parece reduzir o início da depressão. A deficiência de ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 também associa-se à maior incidência de depressão maior.

Consumir fibras e manter as bactérias boas intestinais bem alimentadas também faz parte do tratamento. A administração de um coquetel probiótico compreendendo cepas de Lactobacillus rhamnosus e Lactobacillus helveticus demonstrou melhorar o comportamento do tipo depressivo e normalizar os níveis de corticosterona e ansiedade.

Um efeito semelhante também foi observado com cepas de Bifidobacterium longum e Bifidobacterium breve na depressão e comportamento relacionado à ansiedade.

Outro motivo para usar probióticos é que antidepressivos alteram o pH intestinal, perpetuando a disbiose intestinal. Alguns antidepressivos aumentam o risco de infecções intestinais. Contudo, não há um paciente igual ao outro. Assim, quando possível o paciente deveria fazer um estudo metagenômico para identificar quais cepas bacterianas estão de fato presentes no intestino.

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SUPLEMENTOS USADOS PARA TRATAMENTO DA DEPRESSÃO NA EUROPA

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/