O eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) é um dos principais sistemas que, em conjunto com o sistema nervoso simpático (SNS), é ativado em situações de estresse agudo. Por isso o HPA também é chamado de eixo do estresse.
Quando cronicamente ativado ou desregulado em nível central ou periférico, pode afetar a saúde do indivíduo. De fato, por meio de sua ação nos sistemas neuroendócrino, metabólico e imunológico, o estresse crônico pode contribuir, principalmente em indivíduos vulneráveis, para o desenvolvimento de diversas doenças, incluindo obesidade (OB) e diabetes (DM).
A exposição crônica a estressores e a subsequente secreção prolongada de glicocorticóides podem resultar em alterações em certas expressões de genes envolvidos em vias celulares que são cruciais para o metabolismo. Essas alterações estão associadas ao desenvolvimento de adiposidade, resistência à insulina, depleção de massa magra e distúrbios de coagulação resultando em hipercoagulabilidade, dislipidemia, hipertensão e aumento da liberação de citocinas inflamatórias.
Estresse elevado está associado ao chamado fenótipo Cushingóide, com maior acúmulo de gordura abdominal, síndrome metabólica ou diabetes tipo 2 (DM2). Além disso, também é comum em indivíduos com depressão. Contribuem ainda para obesidade e diabetes a dieta hipercalórica, sedentarismo e baixo nível socioeconômico. Isto porque pessoas com menor poder socioeconômico possuem menos autonomia e oportunidades mais limitadas, o que pode levar a mais estresse e, consequentemente, aumentar cortisol e catecolaminas, como adrenalina. Essa condição pode, em última análise, alterar a deposição de gordura, aumentando a gordura visceral e aumentando o risco de desenvolver DM2 (Gianotti et al., 2021).
Pessoas diferentes precisam de diferentes tipos de suporte para emagrecer e se manter magras. Além do apoio de amigos, familiares e psicólogos, vão precisar associar diferentes estratégias dietéticas ao longo do tempo, como: