6 causas das doenças autoimunes

O desenvolvimento de uma doença autoimune requer a combinação de uma predisposição genética com fatores ambientais que desencadeiam uma ativação de vias imunológicas que levam, em última análise, à destruição tecidual.

Causas e gatilhos para doenças autoimunes

1) Genética

2) Microorganismos (bactérias, vírus, parasitas, fungos)

3) Exposição a xenobióticos - substâncias estranhas (cigarro, luz ultra violeta, drogas, metais pesados)

4) Apoptose desregulada

5) Disbiose (alteração da microbiota da pele, pulmões, intestino…)

6) Dieta inadequada (alergias, intolerâncias, deficiências nutricionais)

A autoimunidade é o resultado de uma resposta imune multi-orquestrada. Através do mimetismo molecular, xenobióticos e antígenos são reconhecidos pelas células apresentadoras de antígenos (APCs), que subsequentemente ativam as células imunes inatas, ou seja, células dendríticas (DCs), macrófagos e células natural killer (1).

Peptídeos imunogênicos de células T são gerados por APCs e são “apresentados” aos linfócitos T auxiliares (Th0) não comprometidos, que então se diferenciam em Th2, T auxiliar folicular (Tfh), Th17, células T reguladoras Th1 -Tregs (2).

As células Th2 e Tfh facilitam a ativação, maturação e diferenciação de células B em células plasmáticas e, finalmente, a produção de autoanticorpos. Por meio de diferentes mecanismos, os autoanticorpos podem mediar o dano tecidual (3).

As células Th1 estimulam o desenvolvimento de linfócitos T citotóxicos. Por secreção de grânulos citotóxicos, ativação de ligante Fas-Fas ou a liberação de citocinas, linfócitos T citotóxicos autorreativos (CTLs), que causam lesão tecidual (4).

Aumento de Th17 também foi relatado para se correlacionar com a progressão da autoimunidade (5). Diminuição de Tregs, que regulam negativamente imunidade inata e adaptativa, facilitam a perda de tolerância em várias doenças autoimunes, incluindo lúpus eritematoso sistêmico (LES), esclerose múltipla (EM), diabetes tipo 1 (DM1), artrite reumatoide (AR), doença autoimune da tireoide, psoríase, doença inflamatória intestinal (DII), cirrose biliar primária (CBP), colangite esclerosante primária (CEP) e hepatite autoimune.

Não podemos mudar a genética mas podemos nos protejer mais, reduzir o contato com xenobióticos, beber menos, não fumar, reduzir o estresse, adotar uma dieta antiinflamatória, fazer suplementação adequada para corrigir carências nutricionais identificas.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/