Muita gente pensa que o Alzheimer é uma doença genética. Mas na verdade, alterações nos genes APOE, PSEN1, PSEN2, TREM2 e outros contribuem apenas para 1% dos casos do Alzheimer. Estilo de vida pouco saudável e sexo contribuem muito mais. Mulheres possuem um risco 2 vezes maior de desenvolverem demência na velhice do que homens. Uma das questões é a queda da produção hormonal que acontece na menopausa.
Muitas mulheres morrem de medo de usar hormônios na menopausa. Mas não passaram a vida toda tomando pílulas? Ou seja, hormônios? A reposição não é para todo mundo mas muitas mulheres precisam sim. Não só sofrerão com fogachos, depressão, diabetes, obesidade, insônia, mas também com o declínio cognitivo, se não forem acompanhadas adequadamente.
Mulheres na pré-menopausa e menopausa com arquitetura do sono fragmentada sofrem mais declínio cognitivo e possuem maior risco de desenvolvimento de Alzheimer. Um dos motivos é a queda dos estrogênios, hormônios com um papel importante no sistema nervoso central.
A própria obesidade, resistência insulínica, distúrbios do sono e depressão estão associados ao risco de Alzheimer. Ou seja, são muitos fatores somados, contribuindo para o declínio cognitivo. Estrogênios (estrona, estradiol e estriol). O estradiol é o estrogênio com maior impacto no cérebro. Participa do controle da expressão de enzimas importantes para o metabolismo energético no sistema nervoso central.
Um cérebro que não usa bem a glicose beneficia-se da dieta cetogênica, tanto para melhoria da produção de ATP, quanto para neurogênese e plasticidade sináptica. Para prolongar sua saúde cognitiva faça ainda o acompanhamento anual com sua ginecologista. Avalie todos os hormônios durante a transição menopausal e verifique a necessidade de reposição de estrogênios.