Deficiência de ferro no autismo

A deficiência de ferro é a deficiência nutricional mais comum em todo o mundo, afetando mais de 25% da população. O ferro é um mineral essencial para a formação dos glóbulos vermelhos, que permite transportar oxigênio para nossas células através da hemoglobina. Consumimos ferro em duas formas: heme e não heme.

O ferro heme é encontrado em fontes animais, como carnes, aves, frutos do mar e peixes. Este tipo de ferro é absorvido de forma mais eficiente. O ferro não-heme é encontrado em alimentos à base de plantas, como feijão, grãos, vegetais, frutas, sementes e nozes. Certos nutrientes e alimentos podem ajudar a aumentar ou diminuir nossa absorção de ferro não heme. Alimentos e bebidas que contêm vitamina C aumentam a quantidade de ferro que absorvemos, enquanto consumir alimentos ou bebidas que contenham cálcio diminuirá a absorção. Por isso, vegetais gratinados com queijo não costumam ser boa opção. Evite também tomar iogurte ou sobremesas contendo leite e derivados após os pratos principais.

FERRO E AUTISMO

Pesquisas nos mostram que há uma prevalência muito alta de deficiência de ferro em crianças com transtorno do espectro autista (TEA), o que poderia comprometer comunicação, foco e comportamento. Pesquisas mostram que, em média, os níveis de hemoglobina, hematócrito, ferro e Volume Corpuscular Médio (VCM) em crianças com TEA foram mais baixos do que os controles com desenvolvimento típico. Parece haver uma correlação negativa significativa entre os níveis de hematócrito de crianças com TEA e os escores totais nos testes CARS, AuBC e AbBC (em termos simples: quanto menor o ferro, maiores os sintomas autistas).

A anemia pode decorrer da seletividade alimentar e alimentação e baixa ingestão de ferro, de problemas absortivos gerados por alto crescimento de leveduras ou disbiose, uso de medicamentos, parasitoses, alergia ao leite com perda de sangue nas fezes, doença celíaca.

As grávidas também precisam se cuidar. Durante a gestação, a baixa ingestão de ferro em combinação com a idade materna avançada e as condições metabólicas foram associadas a um risco 5 vezes maior de TEA. Entre os sintomas da deficiência de ferro destacam-se: anemia, tontura, falta de ar, sensibilidade ao frio, dores de cabeça, síndrome das pernas inquietas. Para avaliação do status de ferro faça anualmente o hemograma completo + ferro sérico + Capacidade Total de Ligação de Ferro (TIBC) + transferrina + ferritina.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/