Hipoatividade dopaminérgica no córtex pré-frontal de pessoas com TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento marcado por desatenção crônica e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento.

Muitas áreas sofrem alteração no TDAH (Faraone et al., 2015)

O TDAH está associado a múltiplas alterações no cérebro, especialmente uma redução de dopamina no córtex pré-frontal. Além da questão genética, alguns fatores de risco ambientais foram identificados, incluindo a exposição ao chumbo e a exposição pré-natal ao álcool e ao tabaco.

Estudos neuropsicológicos mostraram diferenças entre crianças com e sem TDAH em uma série de tarefas. As principais áreas em que ocorreram défices foram capacidade de vigilância-atenção, controle cognitivo (às vezes referido como função executiva e, em particular, referência à memória de trabalho e supressão de resposta) e motivação (em particular, alteração do processamento de reforços e incentivos).

A identificação de domínios-chave do funcionamento cognitivo é importante para o estabelecimento de endofenótipos que são mais refinados do que aqueles definidos pelos critérios diagnósticos existentes. Eles definem componentes mensuráveis, que podem ser de natureza neurofisiológica, bioquímica, endocrinológica, neuroanatômica, cognitiva ou neuropsicológica. Essas funções básicas são mais passíveis de análise experimental em termos de mecanismos neurais do que sintomas definidos comportamentalmente.

Os dois endofenótipos mais estudados para o TDAH

Endofenótipo 1. Neste subtipo, o TDAH está associado a fraquezas significativas em vários domínios de funções executivas, como inibição, vigilância, memória de trabalho e planejamento. Por outro lado, as crianças podem preencher os critérios para um diagnóstico de TDAH e não apresentam comprometimento das funções executivas.

A função executiva é por natureza uma propriedade integrativa superior do prosencéfalo e não pode ser atribuída a uma área específica do cérebro, gene ou neurotransmissor. Múltiplas estruturas podem estar envolvidas em um determinado déficit de função executiva.

Endofenótipo 2. Uma resposta alterada ao reforço foi demonstrada em crianças com TDAH e foi proposto como um mecanismo subjacente a sintomas particulares de TDAH por vários autores. Historicamente, as crianças com TDAH têm sido descritas como menos capaz de adiar a gratificação e como menos capazes de responder às tentativas de disciplinamento. Mecanismos de reforço em geral também podem envolver muitas regiões do cérebro.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/