Os modernos paineis genéticos têm nos mostrado que tudo em nosso corpo está interligado.
Os exames nutrigenéticos atuais avaliam genes como NOD2 (ou CARD6), que fornece instruções para a produção de uma proteína que ativa células do sistema imunológico, como monócitos, macrófagos e células dendríticas. Estas células protegem o corpo contra invasores.
Este gene é muito ativo no intestino, local em que o sistema imune atua intensamente. A NOD2 atua no reconhecimento de certas bactérias e na estimulação do sistema imunológico entérico (intestinal). Ativa um complexo proteico denominado fator nuclear kappa-B. Este complexo de proteínas regula a atividade de vários genes, incluindo genes que controlam as respostas imunológicas e reações inflamatórias.
A proteína NOD2 também parece desempenhar um papel na autofagia, processo essencial para a substituição de células velhas. Variações no gene NOD2 foram associadas a um risco aumentado de doença de Crohn (DC), um distúrbio complexo que causa inflamação do sistema digestivo. As três variações mais comuns de NOD2 são encontradas em cerca de 40% de todas as pessoas com DC. A dieta ruim, faz com que a microbiota seja ruim e isso, por si só, leva à ativação do gene NOD2 aumentando o risco de doença de Crohn.
Polimorfismo de NOD2 em heterozigose - aumento do risco de DC em 2,3 vezes
Polimorfismo de NOD2 em homozigose - aumento do risco de DC de 17,1 vezes
O ambiente e o intestino
Gases, azia, má digestão, dor abdominal, refluxo, arroto. Já pensamos logo na dieta low fodmap e na redução do estresse. Mas na verdade, o intestino também depende do reparo que acontece durante o sono e da atividade física. Pessoas mais treinadas e condicionadas enfrentam menos problemas digestivos. O trato digestório também fica forte e treinado. Cuide-se da cabeça aos pés.