Chumbo e TDAH

O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma das condições neurológicas mais comuns em crianças. Além disso, é provavelmente a condição crônica mais comum não diagnosticada em adultos. Eu mesma só recebi um diagnóstico aos 45 anos, apesar do problema ter impactado minha vida inteira de várias formas.

Alguns sintomas do TDAH desaparecem com o tempo, mas os sintomas como falta de concentração costumam persistir ao longo da vida de grande parte dos adultos. Fatores biológicos e ambientais cruzam-se como causas do transtorno. Foram identificadas pelo menos 304 alterações genéticas (SNPs) relacionadas ao TDAH (Demontis et al., 2018).

Traumatismo craniano, diminuição do córtex pré-frontal e contato com toxinas e produtos químicos (metais pesados, bisfenol A, compostos aromáticos policíclicos) também podem contribuir com o surgimento ou progressão da doença. Entre os metais pesados estuda-se bastante o chumbo, que é tóxico para o cérebro, especialmente aquele em desenvolvimento (Daneshparvar et al., 2016; Donzelli et al., 2019; Dou et al., 2019).

O chumbo é encontrado em fertilizantes, na solda dos alimentos enlatados, nos ossos de animais, panelas ou utensílios de cerâmica antigos e revestidos com chumbo. Os sintomas da intoxicação incluem dor de cabeça, irritabilidade, distúrbios visuais, dismielinização, alucinações, convulsões, anemia, alterações no sistema reprodutor, renal e hepático, hipertensão arterial, hiperatividade, déficit de memória e aumento da incidência de infecções respiratórias.

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Dieta adequada reduz o risco de neurotoxicidade por chumbo

O consumo de alimentos ricos em vitamina C (como frutas cítricas e vegetais) é muito importante já que este nutriente reduz a absorção de chumbo e a toxicidade do metal. Estudos mostram que o alho contém substâncias que também aumentam a eliminação do chumbo (Bautista, Puschner e Poppenga, 2014; Kianoush et al., 2012).

O ômega-3 também diminui a neurotoxicidade gerada pelo chumbo (Singh et al., 2017). Os ácidos graxos ômega-3 são importantes componentes das membranas de neurônios, regulando sua subrevivência, a fluidez das membranas, neurotransmissão, neurogênese e a plasticidade sináptica. A plasticidade sináptica, também conhecida como plasticidade neuronal ou cerebral é a capacidade do tecido nervoso mudar, adaptar-se, moldar-se. Esta característica permite a formação de memórias, a aprendizagem, o foco.

A carência de ômega-3 aumenta as alterações de humor, o comportamento desafiador, a irritabilidade e as dificuldades de aprendizagem (Hawkey & Nigg, 2015). Um estudo com suplementação de ômega-3 em alta dosagem contribuiu para melhoria dos sintomas cognitivos em jovens com TDAH (Chang et al., 2019).

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OUTRAS TERAPEUTICAS

  • PSICOTERAPIA - A terapia cognitivo-comportamental é indicada nos casos leves;

  • MEDICAÇÃO - psicoestimulantes e antidepressivos podem ser utilizados nos casos mais graves;

  • TERAPIA OCUPACIONAL E FONO - trabalho de habilidades para facilitar leitura, aprendizado

  • YOGA E MEDITAÇÃO - para aprender a focar - curso de formação com maior custo-benefício

  • AROMATERAPIA - para redução da ansiedade

Eu tenho TDAH e não paro na cadeira nem na hora da entrevista, mas está tudo certo:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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