O cientista Howard Gardner causou forte impacto na área científica com sua teoria das inteligências múltiplas, divulgada no início da década de 1980. Gardner conceitua inteligência como o potencial para a resolução de problemas e para a criação daquilo que é valorizado em determinado contexto social e histórico. Existem talentos diferenciados para atividades específicas. O físico Albert Einstein tinha excepcional aptidão lógico-matemática, mas provavelmente não dispunha do mesmo pendor para outros tipos de habilidade. O mesmo pode ser dito da veia musical de Mozart ou da inteligência físico-cinestésica de Pelé. Assim, Howard Gardner, concluiu que, a princípio, existem nove tipos de inteligência:
Lógico-matemática é a capacidade de realizar operações numéricas e de fazer deduções.
Linguística é a habilidade de aprender idiomas e de usar a fala e a escrita para atingir objetivos.
Espacial é a disposição para reconhecer e manipular situações que envolvam apreensões visuais.
Físico-cinestésica é o potencial para usar o corpo com o fim de resolver problemas ou fabricar produtos.
Interpessoal é a capacidade de entender as intenções e os desejos dos outros e conseqüentemente de se relacionar bem em sociedade.
Intrapessoal é a inclinação para se conhecer e usar o entendimento de si mesmo para alcançar certos fins.
Musical é a aptidão para tocar, apreciar e compor padrões musicais.
Natural é aquela presente em pessoas capazes de reconhecer e classificar espécies da natureza.
Existencial - reflete sobre questões fundamentais da vida humana.
A inteligência depende da cognição, definida como todo o processo mental que nos permite conhecer o mundo (incluindo percepção, reconhecimento, conceber e raciocínio). Este processo pode ser potencializado ou atrapalhados por alguns fatores.
Elementos que atrapalham a cognição
Oxidação
Glicação
Submetilação
Inflamação
Disbiose intestinal (ecologia inadequada)
Falta de sono
Sedentarismo
Estresse
Desequilíbrios hormonais
Deficiência de nutrientes (como colina)
Existe uma individualidade genética e bioquímica que faz com que nosso organismo funcione de forma diferente. Algumas pessoas produzem mais radicais livres do que outras. Algumas lidam melhor com açúcares e outros elementos da dieta do que outros e assim por diante. Por exemplo, de acordo com o Dr. Lair Ribeiro, um grande percentual de pessoas (80%) é sensível ao glúten e/ou leite. Felizmente, existem testes nutrigenéticos que nos ajudam a perceber como nosso organismo funciona. Gravei um vídeo sobre este tema:
Nosso cérebro não armazena nutrientes, por isso a dieta precisa ser saudável sempre. Um destes nutrientes fundamentais é a colina, vitamina hidrossolúvel do complexo B. Esta vitamina desempenha importantes papéis na cognição, memória, foco, energia e metabolismo. A deficiência de colina está ligada ao desenvolvimento de esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado) e danos musculares.
Mulheres grávidas e que estão amamentando, devem ficar atentas, já que a deficiência de colina afetam o neurodesenvolvimento do bebê. A gestante precisa de vitamina B9 (ácido fólico) para a formação do tubo neural do feto, mas a deficiência de colina também é importante para o desenvolvimento fetal saudável.
Outros grupos com necessidades aumentadas de colina são:
Atletas de resistência;
Pessoas com alto consumo de álcool;
Mulheres na pós-menopausa;
Vegetarianos e veganos.
Cuide de sua flora intestinal
Um ponto fundamental para um cérebro saudável é o bom funcionamento intestinal. Bactérias ruins no intestino aumentam a inflamação local e contribuem também para a neuroinflamação, para depressão e aumento da incidência de déficits cognitivos. No YouTube você encontrará uma playlist sobre a importância de um intestino saudável: