A nutrição é um fator ambiental e tem um papel predominante e reconhecível na prevenção e no tratamento de doenças crônicas. É claro que a genética também é importante, inclusive porque a forma como as pessoas reagem aos alimentos e seus nutrientes varia dependendo dos polimorfismos presentes.
O que são polimorfismos genéticos?
Os polimorfismos são variações genéticas. Por existirem polimorfismos temos a cor da pele, do olho, dos cabelos diferente. Polimorfismos também podem fazer uma pessoa ter maior risco de diabetes, enquanto outra tem maior risco de asma. Dependendo dos polimorfismos que temos precisamos nos cuidar mais. Existem pessoas que fumam, bebem, são sedentárias a vida toda e morrem de velhice aos 90 anos. Tiveram a sorte de ter ganho em uma loteria genética.
Outras pessoas, se tiverem os mesmos hábitos, sofrerão um infarto aos 35 anos. Existem testes que nos informam quais são nossos polimorfismos genéticos. Eu trabalho com paineis nutrigenéticos que me ajudam a cuidar melhor de meus pacientes.
Existe uma ciência chamada genômica nutricional. Estuda e caracteriza variantes gênicas associadas à resposta diferencial a nutrientes específicos e relaciona dessa variação com várias questões de saúde.
Assim, as recomendações nutricionais personalizadas, baseadas no conhecimento da herança genética de um indivíduo, podem melhorar os resultados de uma intervenção dietética específica e representar uma nova abordagem alimentar para melhorar a saúde, reduzindo a obesidade e as DCV.
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Vários componentes da dieta interagem com os genes, mudando sua expressão, principalmente através dos fatores de transcrição. Os fatores de transcrição são:
• Codificados por genes específicos;
• Se ligam a regiões promotoras dos genes;
• Estão envolvidos com o controle da expressão gênica;
• São responsáveis por modular a expressão do DNA, facilitando ou inibindo sua transcrição.