SUPLEMENTOS NO TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE

A endometriose é uma doença abdominal crônica mais comum nas mulheres. É dependente de estrógeno, acomete principalmente mulheres por volta dos 30 anos, apesar de estar sendo cada vez mais frequente nas mais jovens. A doença pode ser acompanhada por dor imensa, cólicas menstruais, dor durante a relação sexual e infertilidade. Se não tratada e diagnosticada pode levar a infertilidade, dor nas relações sexuais, além de aumentar o risco de desenvolvimento de câncer de ovário e mama.

Os mecanismos patológicos da doença permanecem obscuros, o diagnóstico é difícil, o tratamento muitas vezes inclui cirurgia, trazendo grande sofrimento para pacientes e suas famílias e enorme custos para a sociedade.

É importante reduzir os estrogênios, pois estão envolvidos na progressão da endometriose. A mudança na dieta pode ajudar a reduzir dor, cólicas, inflamação, distenção abdominal, níveis de estrogênio, peso, toxinas.

Fitoterapia

Dentre as plantas mais estudadas para o tratamento da endometriose estão: Achillea millefolium, Alchemilla vulgaris, Aletris farinosa, Anemone pulsatilla, Angelica sinensis, Astragalus membranaceus, Atropa belladonna, Curcuma longa, Dioscorea villosa, Echinacea angustifolia, Gelsemium sempervirens, Glycyrrhiza glabra, Gossypium herbaceum, Leonurus cardiaca, Matricaria recutita, Mitchella repens, Paneonia lactiflora, Pinus pinaster, Piscidia erythrina, Robus idaeus, Senecio aureus, Silybum marianum, Taraxacum officinale, Valeriana officinalis, Viburnum opulus, Viburnum prurifolium, Vitex agnus-castus, Zanthoxylum americanum e Zingiber officinale (Reid, Steel e Adams, 2019).

Entre estas plantas destacam-se a Cimicifuga racemosa (erva de São Cristóvão) para o tratamento da dismenorréia (cólica menstrual), enquanto a A. millefolium (Mil em rama) tem sido bastante recomendada para o tratamento de sangramentos fora do período menstural.

Miodesin®

Um composto extraído de plantas amazônica, como a unha-de-gato (Uncaria tomentosa) e batizado de Miodesin® tem contribuído para o tratamento de miomas uterinos e da endometriose. As plantas utilizadas no fitocomplexo são ricas em taninos e alcalóides com atividades antiinflamatória, antioxidante, antitumoral e imunoestimulante. O fitoterápico unha-de-gato pode ser prescrito por nutricionista para uso oral ou por médico ginecologista para uso intravaginal, misturado a um veículo (Pentravan®) que permite a absorção pela pele.

Para avaliar a eficácia de Miodesin®, foi realizado um estudo clínico com 32 pacientes do sexo feminino com mioma uterino e endometriose. As pacientes foram divididas em grupos, o grupo que recebeu MiodesinTM (500mg/dose) em Pentravan® por via vaginal associado com Gestrinona Fagron (2,5mg/ duas vezes por semana) em Pentravan® por via vaginal tiveram redução significativa do volume uterino de 43%. O grupo tratado somente com MiodesinTM (500mg/dose) em PentravanTM por via de administração vaginal tiveram redução significativas do volume uterino de 22%, porém com menos reações adversas (Maia et al., 2018).

Minerais também podem ser prescritos para pacientes com endometriose. Os objetivos são a correção de possíveis carências de cálcio, iodo, ferro, fosfato, magnésio, ou redução do estresse oxidativo, com suplementação de zinco e selênio. Vitaminas e fitoquímicos também vem sendo estudados, principalmente na tentativa de reduzir a quantidade de radicais livres e a inflamação.

Na homeopatia a Belladona, chamomilla, C. racemosa, Folliculinum, Kalium phosphoricum, Luteinum, Magnesium phosphoricum, Nux vomica, Rhus toxicodendron, Sepia officinalis, Silicea terra e Thiosinaminum estâo entre os medicamentos prescritos (Reid, Steel e Adams, 2019).

Como a aromatase é mais abundante em mulheres com endometriose, o uso de inibidores de aromatase, como crisina, também é aconselhado, podendo ajudar a tratar mesmo casos mais graves.

Outro suplemento utilizado para o tratamento da endometriose é o CBD. Alguns autores descreveram a endometriose como uma condição de “deficiência endocanabinóide”, mulheres com endometriose têm níveis mais baixos de receptores CB1 no tecido endometrial. Foi sugerido que a função reduzida do sistema endocanabinoide leva ao crescimento do tecido da endometriose e a uma experiência de dor mais intensa.

Os mecanismos de dor associados à endometriose são complexos e interligados e podem ser divididos em três categorias principais: (1) a dor nociceptiva, (2) a inflamatória e a (3) dor neuropática. Todas as três categorias estão intimamente relacionadas com a função do sistema endocanabinóide. Os canabinóides podem ajudar com seu efeito ansiolítico e anti-inflamatório e normalizar a sinalização alterada.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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