Tipos de Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neurológica progressiva que prejudica o pensamento e a independência de milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com a doença de Alzheimer e demências relacionadas, e esses números crescem rapidamente.

Além de impactar a qualidade de vida reduz também a sobrevida. É a terceira causa de mortalidade em pessoas com mais de 65 anos, atrás apenas do câncer e das doenças cardíacas. Apesar da maioria das pessoas ser diagnosticada em idade mais avançada, a doença começa décadas antes dos sintomas aparecerem.

De acordo com o Dr. Dale Bredesen são três os principais tipos de Alzheimer:

  1. Subtipo inflamatório - acompanhado por inflamação sistêmica, refletido em resultados laboratoriais como PCR-us (proteína C reativa ultra sensível), relação albumina: globulina baixa e níveis elevados de citocinas (como IL-1 e IL-6). Pode ocorrer pela exposição à patógenos ou outros estressores, pela presença do alelo ApoE4.

  2. Subtipo atrófico - marcado pela redução no suporte para formação de sinapses, pelo suporte reduzido de moléculas como estradiol, progesterona, fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), fator de crescimento nervoso (NGF), testosterona, insulina e vitamina D, muitas vezes acompanhado de aumento de homocisteína e resistência à insulina.

  3. Subtipo tóxico - mais difícil de identficar e relacionado à exposição prolongada à xenobióticos, incluindo metais pesados (mercúrio, cobre), biotoxinas, pesticidas, poluentes orgânicos como mofo. Associa-se à síndrome da resposta inflamatória crônica (CIRS), com atrofia cerebral nas regiões fronto-temporais-parietais.

O protocolo individualiza o tratamento de acordo com o tipo de Alzheimer. Para tanto são necessários exames (de sangue, urina, imagem) que possam identificar o que está ocorrendo e os gatilhos para a questão apresentada. Fatores genéticos e de estilo de vida, incluindo dieta, sono, exercícios e exposições ambientais, inflamação, diabetes e hipertensão contribuem para o risco aumentado da doença. Pessoas acometidas com depressão, por exemplo, têm 2 vezes mais chances de serem diagnosticadas com a Doença de Alzheimer ao longo da vida. Nos três tipos de Alzheimer há acúmulo de placas de beta amilóide e emaranhados de proteína tau no cérebro.

O que é o beta amilóide?

O beta amilóide é um fragmento de proteína que desempenha um papel protetor contra infecções fúngicas, bacterianas, virais e metais tóxicos. O mapeamento do acúmulo de peptídeo beta-amiloide no cérebro humano pode ser feito por meio de tomografia por emissão de pósitrons (PET, na sigla em inglês) ou punção da coluna lombar para análise do fluido cerebroespinhal quanto à presença de beta amilóide 42, proteína tau e proteína tau fosforilada.

Pesquisadores estão agora desenvolvendo marcadores sanguíneos para a detecção de proteínas como beta amilóide 40 e 42 precocemente no plasma, antes mesmo da manifestação da doença. A quantidade destas proteínas no sangue ajuda a estimar o acúmulo no cérebro (Schindler et al., 2019).

O que é importante entender é que não há milagre. A prevenção da doença e a redução da velocidade de progressão envolvem mudanças no estilo de vida. Os parâmetros laboratoriais devem ser mantidos em:

  • hsCRP (menos de 1,0 mg / L)

  • Insulina de jejum (menos de 7 mIU / L)

  • Hemoglobina A1c (menos de 5,5%)

  • Homocisteína (menos de 7 μmol / L)

  • Vitamina B12 entre 500 e 700

O paciente precisa trabalhar o cérebro (educação, treinamento mental, estímulo cerebral, meditação), controlar o estresse, dormir bem, controlar colesterol, pressão arterial, glicemia, praticar atividade física, suplementar substâncias que promovem neurogênese, adotar dieta antiinflamatória de características cetogênicas, fazer jejum de pelo menos 12 horas diárias e

PREVENÇÃO E REVERSÃO DO DECLÍNIO COGNITIVO E DOENÇA DE ALZHEIMER

No vídeo abaixo falo do protocolo Recode, a primeira pesquisa a conseguir demonstrar reversão do declínio cognitivo e Alzheimer leve. Fazem parte deste protocolo:

  • Regimes e dietas nutricionais específicas, com foco em uma dieta cetogênica à base de plantas.

  • Programas de exercícios e especialmente treinamento aeróbico e de força.

  • Treinamento cerebral para melhorar a neuroplasticidade do cérebro.

  • Melhoria da qualidade do sono (pode envolver tratamento da apneia obstrutiva do sono).

  • Correção metabólica, com uso de hormônios, se necessário.

  • Meditação e outros programas ou tratamentos de alívio do estresse.

  • Coaching de saúde para otimizar seu programa personalizado.

  • Medicamentos, quando necessário.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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