O termo biodisponibilidade refere-se à proporção de um nutriente consumido que é absorvida, ficando disponível para a utilização pelo organismo. A biodisponibilidade dos nutrientes provenientes da dieta e de suplementos alimentares é influenciada por vários fatores, incluindo o estado nutricional, saúde e estágio de vida do indivíduo. Os fatores relacionados à dieta que afetam a biodisponibilidade dos nutrientes incluem a sua forma química, as interações entre os nutrientes e outros componentes dos alimentos e o processamento do alimento. Conheça a vitamina B9:
Durante os anos 1970-80, diversos estudos epidemiológicos demonstraram existir uma associação entre os baixos níveis de folatos nas mulheres e o aparecimento de malformações congênitas no feto, como a espinha bífida. Ficou constatado que as mulheres que tomavam suplementos vitamínicos contendo B9 nas seis primeiras semanas de gravidez a incidência desta anomalia nos bebês era menor.
A vitamina B9 está presente em diversos alimentos como os vegetais verde escuros. No organismo a vitamina precisa ser convertida na forma ativa (metilfolato). A carência é comum e pode ser gerada por variações genéticas que impedem a conversão do B9 na forma ativa, baixo consumo ou má absorção intestinal. Em doenças com elevada taxa de renovação celular (câncer, anemias, problemas de pele), na gravidez e na amamentação a necessidade de folato também é maior. As necessidades podem ser acompanhadas na tabela, que descreve a necessidade média (EAR), a recomendação para a população (RDA) e a dosagem máxima a ser suplementada (UL).
Em relação à forma química da vitamina B9, temos suplementos com:
Baixa biodisponibilidade: ácido fólico (não deve ser usado por pessoas com polimorfismo do gene MTHFR)
Média biodisponibilidade: ácido folínico
Alta biodisponibilidade: metilfolato ou quatrefolic
Para avaliação genética e sanguínea, assim como definição das quantidades ideais para seu caso agende uma consulta.
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