Os estudos de genética, expressão gênica, nutrigenômica, nutrigenética e epigenética vêm crescendo a cada ano. Vamos revisar estes termos?
Genética: especialidade da biologia que estuda os genes, a hereditariedade e a variação dos organismos e a forma como estes transmitem as características biológicas de geração para geração.
Genes: unidade fundamental da hereditariedade. Cada gene é formado por uma sequência específica de ácidos nucléicos.O ser humano possui entre 20.000 e 25.000 genes em seus cromossomos.
Ácidos nucléicos: as biomoléculas mais importantes do controle celular, pois contêm a informação genética. Existem dois tipos de ácidos nucléicos: ácido desoxirribonucléico (DNA) e ácido ribonucléico (RNA).
Cromossomos: longa sequência de DNA, que contém vários genes, e outras sequências de nucleotídios, com funções específicas nas células dos seres vivos.
Nucleotídios: são os blocos construtores dos ácidos nucléicos (DNA e RNA).
Expressão Gênica: processo pelo qual a informação hereditária contida em um gene é utilizada de modo a formar um produto. A fita de DNA em um cromossomo pode conter centenas de genes. Durante o processo de regulação um ou vários deles podem ser lidos para a produção de um produto, como RNA ou uma proteína.
Epigenética: ramo da ciência que estuda mudanças no funcionamento de um gene que não são causadas por alterações na sequência de DNA. Ou seja, não são mutações. A sequência de genes permanece a mesma, mas sua expressão pode ser influenciada por fatores ambientais diversos. As mudanças epigenéticas são divididas em metilação do DNA, modificação de histonas e expressão de RNA não codificantes (ou microRNAs).
Nutrigenética: refere-se ao impacto da genética em nossas necessidades individuais de nutrientes. Este campo examina as influências dos genótipos associados às doenças crônicas comuns nas respostas às mudanças na dieta. Por exemplo, a doença fenilcetonúria é causada por uma ampla variedade de mutações no gene PAH (12q22-q24.2) que codifica a fenilalanina hidroxilase. Pessoas com estas mutações não podem consumir o aminoácido fenilalanina, que, por não ser metabolizado, gera retardo mental.
Nutrigenômica: campo complementar que busca identificar como os compostos bioativos da dieta afetam a expressão de genes que regulam as vias metabólicas implicadas em doenças crônicas. Este campo está desenvolvendo-se rapidamente e mudará a forma como pensamos a alimentação e a saúde individual e coletiva.
Uma dieta personalizada baseada em nutrigenômica poderia beneficiar a saúde pública devido à sua capacidade de motivar as pessoas a fazerem mudanças positivas em seus hábitos alimentares.