A menopausa é marcada pela finalização da menstruação. Isto ocorre pois os estoques de óvulos (que nasceram com a mulher) esgotam-se. Com isso, a mulher deixa de conseguir engravidar, o que geral acontece entre os 45 e 55 anos. Muitas transformações físicas, hormonais e emocionais acompanham este período. Antes da cessação completa da menstruação a mulher pode apresentar sintomas que aparecem com uma TPM (dores de cabeça, inchaço no corpo e mamas, nervosismo, irritação, tristeza). Pode apresentar também ondas de calor (fogachos), insônia, palpitações cardíacas, redução da libido e da capacidade de concentração, secura na pele ou secura vaginal, ganho de peso, aumento da circunferência da cintura, dores articulares, perda de massa magra, alterações na frequência urinária, redução na hidratação e na elasticidade da pele, queda de cabelo etc. Os sintomas podem aparecer com maior ou menor intensidade (ou nem aparecer). E tudo depende de uma combinação de fatores genéticos e de estilo de vida (atividade física, consumo de álcool, tabagismo, alimentação).
Estes sintomas são resultado de uma série de modificações na produção de hormônios (aumento de estronas e androgênios, redução de estradiol, estrógenos e progesterona), aumento de substâncias inflamatórias e desregulação de neurotransmissores (Monteleone et al., 2018).
Dieta para reequilibrar o organismo
Quando à menopausa associa-se aumento do estresse emocional hormônios como o cortisol elevam-se. Este hormônio em excesso provoca mais irritabilidade, queda de cabelo, aumenta a pressão e o risco de osteoporose, diminui a massa magra e gera fraqueza muscular, acelera a perda de cálcio dos ossos e o processo de osteoporose, além de tornar a cicatrização mais difícil e tornar a pele mais fina e susceptível ao surgimento de estrias. Para modular o cortisol podem ser usados adaptógenos como ginseng, manjericão santo (Ocimum tenuiflorium), astragalus, ashwagandha e avosoy.
Mulheres que possuem muitos sintomas relacionados à menopausa, como fogachos podem usar o extrato seco de inhame mexicano, extrato fluido de amora ou tintura de amora ou chá de folha de amora para reequlíbrio dos hormônios sexuais femininos. Para aquelas que possuem mais irritabilidade ou nervosismo fitoterápicos como Vitex agnus-castus, Passiflora incarnata, Piper methysticum e soja podem ser indicados. Para aumento da libido indica-se o uso de maca peruana ou tríbulus terrestris.
Alimentos ricos em fitoestrógenos ajudam na modulação hormonal. Capriche em: isoflavonas (encontradas na soja e outras leguminosas, como grão de bico, feijão mungo e alfafa), coumestanas (encontradas em brotos de alfafa, trevos e brotos germinado), lignanas (encontradas em sementes de linhaça, chia, sementes de abóbora, girassol, gergelim), frutas como morangos, maçã, romã, cranberries e vegetais como cenoura, couve-flor, brócolis, couve de Bruxelas e repolho.
Para individualização da suplementação de acordo com seu caso, marque uma consulta. Caso seja profissional de saúde discuto mais sobre este tema e o uso destes e outros fitoterápicos no curso online em fitoterapia.
Transtornos alimentares
Os transtornos alimentares são bastante comuns em mulheres jovens. Contudo, mulheres na meia idade e até mulheres idosas podem conviver com diagnósticos como bulimia, anorexia, compulsão alimentar, ortorexia, dentre outros transtornos. Como a menopausa é um período de grande oscilação dos níveis de estrógenos, pode existir uma janela de vulnerabilidade nesta fase (Baker & Runfola, 2016). O tratamento dos transtornos alimentares inclui o acompanhamento nutricional na abordagem comportamental, associado à psicoterapia. Marque suas consultas com nossa equipe seguindo este link.