Há pouco tempo você tinha uma rotina de acordar, sair de casa a uma determinada hora, mas de repente: coronavírus e ansiedade. Quem já era mais ansioso pode estar sentindo-se agora muito sobrecarregado. E quem não era ansioso pode estar sentindo-se confuso para lidar com sintomas como medo, alterações no sono, tensão muscular, dores de cabeça, ataques de pânico, irritabilidade, raiva, inquietação, alterações intestinais, tremores, aceleração cardíaca, suor excessivo, dificuldade para engolir, falta de ar, boca seca ou pensamentos obsessivos.
Se estes sintomas pioram com o excesso de informações, desligue-se da TV, rádio e internet mais vezes ao dia. Se for informar-se procure por fontes confiáveis de informações. Medite, respire fundo, converse com um psicólogo (indico a Julia Maciel, formada pela UnB). Um psicólogo pode ajudá-lo a se reorganizar no novo cotidiano, sugerir práticas restaurativas, estratégias para manutenção dos laços afetivos e sociais.
Crianças e adolescentes também precisam de atenção, pois não estão livres da ansiedade. Para os pais que nunca tem tempo para brincar, a quarentena pode ser o momento perfeito. Também é importante que estejam por perto para sanar as dúvidas dos mais jovens sobre este momento.
Se possível, mantenham-se ativos. Se o seu bairro é calmo caminhe. Se não, faça alongamentos ou yoga em casa. Tente manter a perspectiva. Médicos, enfermeiros, cientistas e especialistas em saúde pública em todo o mundo estão trabalhando duro para conter a disseminação da doença, para que ela não chegue a você ou sua família. Lembre-se de que este é um período temporário de isolamento social. Ficando em casa você contribui para os esforços mundiais e ajuda a sua comunidade.