O desejo por tipos específicos de alimentos sofre influência de nossa genética, de nossos hábitos familiares e de vida e também da existência de carências nutricionais. A imagem mostra o exame genético de uma paciente e as alterações que fazem com que ela seja mais ou menos predisposta a buscar certos tipos de alimentos.
Desejo por sal
Mas o desejo por alimentos salgados também pode indicar uma fadiga adrenal e possíveis deficiências de minerais. Quando o corpo está deficiente em nutrientes o pH dos tecidos pode alterar-se, a inflamação tende a aumentar desequilíbrios hormonais tornam-se mais comuns. É o caso do hormônio adrenal aldosterona, um dos responsáveis pela regulação da pressão arterial. Se a sua pressão está baixa e o desejo de sal for alto tempere as comidas com sal rosa e consuma algas. Evite alimentos industrializados (pizzas, salgadinhos) pois apesar de serem ricos em sal não contribuem para a saúde como um todo.
Desejo por açúcar
Os desequilíbrios de açúcar no sangue costumam ser os culpados pela maior compulsão por doces. Dietas ricas em carboidratos de alto índice glicêmico e açúcares simples são viciantes e causam picos de insulina que desencadeiam a liberação de neurotransmissores dopamina e serotonina. O pico mais tarde leva a uma queda nesses neurotransmissores. Quando os níveis de serotonina caem, seu cérebro anseia por um nível alto de açúcar novamente. Equilibrar os níveis de açúcar no sangue é fundamental para conter seu desejo por algo doce. Use alternativas naturais ao açúcar, como a estévia, purê de banana, purê ou xarope de tâmaras e uva passa para adoçar alimentos. Dê preferência à alimentos ricos em fibras e refeições com boas fontes de proteínas e gorduras.
Outra razão para o desejo por doces pode ser a deficiência de cromo. O cromo só é necessário em pequenas quantidades para regular o metabolismo, mas sua inadequação está ligada à intolerância à glicose evidente em pessoas que sofrem de diabetes e pode criar sintomas de ansiedade acompanhados de fissuras. Saiba mais sobre o cromo neste vídeo:
Não esqueça de se hidratar bem. A desidratação é causa frequente dos anseios por açúcar porque o corpo não consegue liberar bem a energia dos estoques quando está desidratado.
Desejo por alimentos amargos
Além da genética, a deficiência de magnésio é uma das causas mais importantes para o desejo por alimentos amargos como chocolate amargo, café ou mesmo vegetais amargos (como jiló, berinjela, agrião, semente de abóbora.
Desejo por queijo e laticínios
Você belisca queijos o dia todo, deseja pizza e alimentos cobertos no molho branco? Pode estar com deficiência de ácidos graxos essenciais como EPA, DHA, ALA e GLA. Essas gorduras dietéticas são essenciais para a saúde do sistema nervoso e para o desenvolvimento do cérebro. Contudo, a dieta da maioria dos brasileiros é rica em ômega-6 e pobre nos ácidos graxos acima. Inclua em sua dieta peixes, ovos ricos em ômega-3, sementes de linhaça moídas, chia e cânhamo, bem como algas verdes azuladas.
Desejo por carne vermelha
Este desejo é muito frequente na gestação e lactação uma vez que os estoques de ferro, vitamina B12, zinco e do aminoácido acetil-L-carnitina vão sendo consumidos pela mulher e pelo bebê. Estes nutrientes são importantes para a produção de energia, para a função cardíaca e cerebral e estímulo do sistema imunológico. Carnes, vegetais verde escuros são boas fontes destes nutrientes. Para vegetarianas e veganas cuidado adicional deve ser tomado para que não ocorram deficiências.
O importante é não ignorar os desejos pois ao fazer isso a tendência é comer mais procurando preencher uma deficiência quem nem sabemos da onde vem. Pesquisas mostram que pessoas com carências nutricionais tendem a ficar mais inflamadas e ganhar mais peso.
Causas das carências nutricionais
1) Dieta monótona
Se você come sempre as mesmas coisas o risco de não estar ingerindo tudo o que precisa é grande. Nenhum alimento é completo. Por isso, adote uma dieta variada, troque refrigerantes por chás de ervas, consuma alimentos fermentados (kefir, chucrute, pickles, kimchi, kombucha) para melhor a qualidade da microbiota e a absorção de nutrientes. Lembre que o estresse também mexe com o sistema digestivo e a capacidade do intestino em absorver minerais. Aprenda a cuidar do seu intestino aqui.
2) Cuido do estômago
A baixa liberação de ácido gástrico está associada a condições crônicas como síndrome do intestino irritável, intestino permeável, alergias, má digestão e deficiências nutricionais. O envelhecimento gera uma menor produção de ácido estomacal e menor absorção de vitaminas como B12 e minerais como ferroz, zinco e cálcio. Pessoas com deficiência de zinco produzem menos ácido. Consuma frutos do mar ou converse com seu nutricionista sobre a suplementação. Melhore a produção de ácido do estômago ervas na dieta como gengibre, tomilho, manjericão, alecrim, orégano, erva-doce e salsa. Para melhorar a dieta adicione vinagre de maçã à salada.
Outras causas para as carências nutricionais: