Formas de reduzir sua exposição tóxica

Alguns teóricos acreditam que o contato cada vez maior com toxinas ambientais sejam a principal razão pelo aumento de doenças autoimunes. Ao nascer, a maior parte dos bebês entrou em contato com pelo menos 200 toxinas, ainda na barriga da mãe.

A carga tóxica do organismo é determinada por dois fatores: (1) a exposição a compostos tóxicos; (2) a exposição a microorganismos; (3) a capacidade de desintoxicação do corpo. Assim, quanto maior a exposição a toxinas e microorganismos patogênicos e quanto pior o sistema de desintoxicação estiver funcionando, mais alta será a carga tóxica.

Uma quantidade grande de substâncias tóxicas são cancerígenas e estima-se que uma quantidade significativa de pessoas tenha mutações genéticas que comprometam de alguma forma o sistema de desintoxicação (Dean, 2016).

O primeiro passo então é minimizar o contato com toxinas. Os produtos de limpeza pessoal e para o lar contém compostos químicos como parabenos, ftalatos e outros que atuam como disruptores endócrinos, desequilibrando a produção hormonal e aumentando o risco de doenças. O ideal é limitar o uso de produtos tóxicos, escolhendo marcas e compostos mais naturais e inofensivos ou fabricando seus cremes, loções e produtos de limpeza em casa, com óleos essenciais. Para obter orientações sobre quais ingredientes e produtos são seguros e quais contêm produtos químicos potencialmente tóxicos, consulte o Grupo de Trabalho Ambiental: www.EWG.org.

Consumir menos também é importante. Quanto mais compramos coisas desnecessárias, mais as fábricas trabalham e poluem o ar). Muitas pequenas estratégias podem ajudar a minimizar o seu impacto ambiental como dividir o carro com alguém, economizar água, reciclar, usar sacolas de panos reutilizáveis, no local dos sacos plásticos.

Em relação à sua alimentação, é importante reduzir o consumo de alimentos processados, empacotados e que vem cheios de corantes e conservantes. Estes alimentos contribuem para a desaceleração do metabolismo, resistência à insulina, obesidade, diabetes e doenças cardíacas. Elimine da sua dieta tudo o que não cai bem. Você come pão e tem azia? Você come chocolate e o intestino prende? Remova os alimentos que ao inflamarem seu corpo aumentam o risco de doenças autoimunes. Para a maioria das pessoas significa minimizar o consumo de açúcar, glúten, laticínios, álcool. Faça um detox de pelo menos 30 dias e depois reintroduza alimento por alimento lentamente, com um intervalo de 48 horas entre eles. Se sentir-se bem, continue. Se não, elimine-os de vez.

Evite usar garrafas plásticas, pois a maior parte contém bisfenol A e ftalatos, que produzem efeitos adversos no desenvolvimento, reprodução, funcionamento do cérebro e sistema imune. Metais pesados também geram muitos efeitos danosos, especialmente ao cérebro e ao sistema reprodutor.

Não esqueça também de fazer seus exames anuais. Evidências científicas crescentes indicam que infecções crônicas por bactérias, vírus, parasitas e fungos podem ser um gatilho para doenças autoimunes. Outro problema é o estresse crônico. Todos temos preocupações mas devemos evitar catastrofizações e pensamentos do tipo tudo ou nada. Práticas de mindfulness são muito úteis neste sentido. Observe também o que te estressa e contribui para pensamentos negativos ou ansiedade. Corte tudo o que for desnecessário, o que pode incluir telejornais noturnos, filmes muito agressivos ou discussões familiares que não levam a nada. Substitua atividades desgastantes por atividades que possam reduzir seu estresse e facilitar a recuperação do corpo e da mente. Uma dessas atividades é o yoga. Já começou?

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/