Fazer dieta, contar calorias, seguir regras sobre o que é certo e é errado comer. Apesar de comum, todas estas atitudes vão contra nossos instintos. Crianças não fazem isso. Simplesmente quando comem quando estão com fome e param de comer quando estão saciadas. E esta é a melhor forma de ter uma relação saudável com seu corpo e com os alimentos.
A forma como comemos é tão importante quanto o que comemos. Mastigar bem o alimento é essencial. Use todos os sentidos para perceber o alimento: suas cores, aromas, texturas. O som que faz em sua boca ao ser mastigado. Entre uma garfada e outra respire.
Mas de acordo com Susi Orbach, autora do livro "Gordura é uma questão feminista", publicado em 1978, fazer as pazes com a comida e com o próprio corpo não é tão fácil. Ao escrever na década de 1970 sobre o sofrimento das mulheres em relação à alimentação, sobre o quanto as mulheres preocupavam-se com a aparência e o ganho de peso, pensou que tudo mudaria.
O alimento tornou-se o calmante das pessoas e ela propõe no livro que as mulheres troquem a comida pelas palavras. Afinal, o corpo é lugar em que vivemos. Contudo, frequentemente nos chegam diretrizes sobre o que devemos fazer em relação a ele (dietas, massagens, exercícios, cirurgias) com o discurso disfarçado de saúde.
O bombardeamento começa ainda na infância. Por isso, pode ser tão difícil mudar e sentir-se bem comendo. Para muitos não é fácil resgatar sinais de fome e saciedade. Quem tem uma relação caótica com a comida, recheada de culpa e ações extremadas é procurar a ajuda de um nutricionista comportamental. Também tenho um curso sobre alimentação consciente e intuitiva na plataforma Udemy. Saiba mais: