Câncer de ovário: causas e sintomas

Pesquisa com 1.531 mulheres em 44 países mostrou que mesmo com sintomas de câncer de ovário menos da metade foi diagnosticada rapidamente. Na verdade, muitas mulheres nunca ouviram falar do câncer de ovário e a falta de informação gera muitos problemas (BMJ, 2018). O câncer de ovário é a oitava principal causa de câncer em mulheres, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Quase 300.000 mulheres irão desenvolvê-lo ainda este ano.

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Apesar de pouco frequente, o câncer de ovário é altamente letal, principalmente quando há demora no diagnóstico. A Coalizão Mundial de Câncer de Ovário estima que uma em cada seis morrerá dentro de três meses após o diagnóstico e menos da metade estará viva em cinco anos. Vamos então nos educar?

As mulheres têm dois ovários, um de cada lado do útero, sendo suas funções a produção e liberação de óvulos e dos hormônios sexuais femininos estrógeno e progesterona. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são registrados no Brasil aproximadamente 5 mil casos novos por ano, sendo que 3/4 dos mesmos apresentam-se em estágios já avançados no momento do diagnóstico.

Os sintomas da doença são variáveis e muitas vezes aparecem tardiamente, dificultando o diagnóstico. Dentre eles destacam-se: (1) Inchaço abdominal, indigestão ou náusea, (2) Alterações no apetite, como perda de apetite ou sensação de plenitude, (3) Pressão na pélvis ou parte inferior das costas, (4) Necessidade mais freqüente ou urgente de urinar e / ou constipação, (5) Mudanças nos movimentos intestinais, (6) Aumento da circunferência abdominal, (7) Cansaço ou baixa energia, (8) Mudanças na menstruação, (9) Cistos ovarianos, massas ou tumores, (10) Dor pélvica, (11) Dor pouco antes ou depois do início de período menstrual, (12) Dor durante o ato sexual, (13) Sangramento anormal.

Os principais fatores de risco para o câncer de ovário incluem:

  • Histórico familiar da doença: Ter uma mãe, irmã ou filha que teve câncer de ovário aumentará o risco.

  • Herança genética: alterações nos genes BRCA 1 e BRCA 2 aumentam o risco;

  • Início dos ciclos menstruais antes dos 12 anos;

  • Menopausa após os 50 anos;

  • Terapia de Reposição Hormonal;

  • Uso de terapia hormonal para tratar os sintomas da menopausa

  • Fumar;

  • Uso de dispositivo intrauterino (DIU);

  • Obesidade;

  • Diabetes;

  • Síndrome dos ovários policísticos

Dentre os fatores protetores estão engravidar, amamentar, ter um estilo de vida saudável. Muito importante também é o acompanhamento ginecológico anual, já que havendo alguma alteração esta poderá ser identificada e tratada precocemente.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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