A alimentação é uma das necessidades mais básicas do ser humano. Contudo, além de uma necessidade biológica traz consigo um complexo sistema de significados sociais, éticos, estéticos, políticos e até sexuais.
O que comemos é tão importante quanto quando, como e com quem comemos. Ao redor da comida fortalecemos laços, extraímos prazer e bons momentos. O problema é quando a comida passa a ser o centro de tudo.
L.Z.S., por exemplo, diz que a comida está presente em todos os momentos. Ela come quando tem fome, come quando está feliz, quando está triste, quando está ansiosa, quando não tem nada para fazer, quando não sabe como lidar com determinadas situações... Diz também que não entende o próprio comportamento em relação à alimentação. É uma mulher bem-sucedida, gosta do trabalho, tem uma família bem estruturada.
Para quem olha de fora L.Z.S. parece apenas mais uma dessas pessoas sem força de vontade para seguir uma alijmentação adequada e saudável. Mas tudo começou há muito tempo e é muito mais complexo. Apesar de saudável e tendo um peso adequado na adolescência L. comparava-se com outras meninas e com as capas das revistas e achava-se gordinha. Começou a restringir a alimentação por conta própria. Passava fome e voltava a comer em abundância. Passou a alternar momento de restrição com momentos de descontrole e fez isso por décadas. E é claro, hábitos antigos não morrem facilmente.
Quando discriminamos as pessoas trando-as como desleixadas por estarem acima do peso contribuímos para o comer emocional das mesmas. As histórias de vida são muito diferentes. Programas de emagrecimento mal fundamentados perpetuam o problema. Quantas pessoas já investiram milhares de reais em dietas, livros, shakes, suplementos para depois voltarem a ganhar peso? Quem come por estresse, por ansiedade, por carência, para minimizar frustrações precisa na verdade aprender outras técnicas e parar de pensar no peso e na dieta. Desta forma, muitas vezes emagrecem naturalmente, atingindo um peso adequado e saudável para a própria consituição. Este peso provavelmente não será o mesmo da tal garota da capa da revista mas perseguir a própria felicidade é mais importante que perseguir modelos impostos pela indústria da beleza.
Dicas:
- Faça uma atividade física que lhe dê prazer. Inicie de forma moderada e segura. Se precisar busque ajuda de um profissional da área de educação física. Não se culpabilize se faltar um dia à academia. Marque novamente na agenda e vá no dia seguinte, de preferência com uma companhia agradável.
- Perceba os sinais de estresse (ansiedade, irritabilidade, dor de cabeça, dor de estômago etc).
- Durma entre 7 e 8 horas ao dia ou até que seu corpo esteja verdadeiramente descansado e sua mente disposta.
- Dê menos opinião à opinião alheia. Relativize os comentários e foque em sua saúde física, mental e emocional.
- Partilhe emoções positivas com as pessoas queridas.
- Trate sua saúde caso esteja doente.
- Defina sonhos e objetivos realistas para não aumentar seu nível de frustração.
- Adote um estilo de vida que faça sentido por vários anos.
- Valorize e celebre suas conquistas.
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