Você costuma ser ansioso? Está sempre preocupado com o passado, o futuro, a saúde, o trabalho, as finanças, a aposentadoria, a política, os filhos, o peso, as rugas? Isto é comum no mundo acelerado em que vivemos. São tantas as preocupações que o relacionamento adequado de cada um com o próprio Eu fica prejudicado.
Sua relação com você mesmo deveria ser a mais recompensadora de sua vida. Deveria gerar sempre sentimentos de completa realização e contentamento. Afinal, a única pessoal que vai estar sempre te acompanhando, nos momentos bons e ruins, nos altos e baixos, nas alegrias e nas tristezas, na saúde e na doença e por toda a vida é você mesmo.
Apesar disso, um número enorme de pessoas deixa-se limitar pela baixa autoestima, o que compromete a disposição física, a saúde mental, os comportamentos e os resultados. Por isto, precisamos desenvolver a habilidade de estarmos satisfeitos em nossa própria companhia. Mas no mundo atual, parece cada vez mais difícil. Outro dia li uma pesquisa da Universidade Homboldt (Berlim) que mostrava que a rede social Instagram não contribui para o bem estar das pessoas. Isto porque, a exposição a imagens de pessoas sempre felizes, lindas, ricas, apaixonadas e bem-sucedidas gera enorme pressão, muita comparação inútil.
Em primeiro lugar, ninguém é feliz e sorridente 24 horas. Ninguém está sempre na praia. Ninguém vive uma vida sem desafios. Os filtros das imagens também fazem todo mundo mais bonito, jovem... E se entramos na onda e passamos horas fotografando tudo, aplicando filtros e esperando likes e comentários deixamos o que importa na vida passar. Deixamos as coisas importantes e as pessoas importantes de lado.
Mas deveria ser o contrário, ao invés de comparações deveríamos ter como meta a busca de uma vida autêntica, que realmente nos represente, que esteja de acordo com nossos valores. Para tanto, precisamos selecionar o que vemos, assistimos, com quem conversamos, com quem interagimos. E para fazermos escolhas boas e saudáveis precisamos nos amar e nos conhecer bem. E quanto mais nos respeitamos (mesmo quando as coisas dão errado), quanto mais nos conhecemos, mais ficamos satisfeitos com nossa vida, com nossa aparência, com nossos planos, nosso trabalho, nossos relacionamentos, nossas escolhas e nossa trajetória de vida.
O Instagram e outras rede sociais podem ser uma importante forma de conexão com o mundo. Por outro lado, podem ser uma fuga, uma forma de preencher nossa existência. Outras pessoas usam o álcool, drogas, a comida, o jogo, a pornografia para sentirem-se um pouco melhor, para sentir que a vida está preenchida com algo. Mas outros caminhos precisam ser buscados e o do autoconhecimento é fundamental.
Para fortalecer sua autoestima: (1) mude, em primeiro lugar, pensamentos negativos (falei sobre o assunto nesse outro post); (2) ofereça a si mesmo elogios e reconhecimento quando se sair bem ou quando fizer algo que traga bem-estar a você e aos outros; (3) faça uma lista de 50 coisas pelas quais é grato (sua saúde, o ar que respira, sua inteligência, etc); (4) cuide do seu corpo. Mostre ao seu corpo que o ama oferecendo-lhe alimentos saudáveis e fazendo algum tipo de exercício. Ser amável com seu corpo também inclui dormir o suficiente; (5) trilhe o caminho do autoconhecimento. Não existe uma forma única de fazer isso mas não passe mais tempo se distraindo na internet do que olhando para dentro (pode ser pela meditação, pelo autocoaching, pelas terapias, pelo yoga...).