Mais e mais estudos mostram a importância da alimentação adequada para a saúde mental. Série especial sobre a temática foi publicada em novembro de 2016 na revista da associação americana de psicologia. Décadas de pesquisa mostram a importância da alimentação apropriada na inflamação cerebral, estresse e processos fisiológicos ligados à saúde mental. O conjunto de 5 artigos publicados mostra a diversidade de estudos conduzidos neste novo campo interdisciplinar entre a psicologia e a nutrição.
Estudo com mais de 11.800 pessoas mostra que a dieta mediterrânea - rica em frutas, verduras, gorduras boas, castanhas e peixes, pobre em laticínios, carne vermelha e açúcar está associada a menor risco de depressão (Sanchéz-Villegas et al., 2016).
Jane Pei-Chen Chang e colaboradores (2016) focam a pesquisa nos transtornos de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) . Crianças com TDAH parecem possuir menores níveis de ômega-3 circulante. As melhores fontes de ômega-3 são os peixes de água fria como salmão, atum e sardinha. Apesar de alimentos de origem vegetal como algas e linhaça possuírem ômega-3, este ainda precisa ser convertido na sua forma ativa para o cérebro (DHA). Estudos focam na forma como crianças TDAH metabolizam o ômega-3 de forma diferenciada.
Jerome Sarris e colaboradores (2016) examinaram os efeitos do tratamentos com o aminoácido N-acetil-cisteína (NAC) no transtorno obsessivo-compulsivo. O NAC reduz a inflamação cerebral e em pacientes jovens possuem um benefício real na redução de sintomas como a depressão.
Lothian, Blampied e Rucklidge (2016) exploraram o papel de vitaminas e minerais no tratamento da insônia, condição associada a uma variedade de problemas mentais. Com a suplementação de micronutrientes selecionados foram observadas melhorias no humor e na ansiedade. Mais artigos sobre ansiedade publicados anteriormente neste blog podem ser acessados aqui.
Por fim Akbaraly e colaboradores (2016) examinaram a relação entre a dieta e sintomas associados à depressão em 4.246 adultos por um período de 5 anos. Os pesquisadores observaram que uma dieta com alto índice inflamatório esteve associado a mais sintomas depressivos, principalmente em mulheres. Mais artigos sobre alimentação publicados anteriormente neste blog podem ser acessados aqui.
Faltou falarem da relação entre o funcionamento intestinal e a neuroinflamação mas você poderá aprender mais sobre este tema no curso online:
A psicoterapia também ajuda muito. Falar sobre sentimentos reduz a ansiedade e ajuda no gerenciamento da medicação. Indico a Julia Maciel, psicóloga formada pela UnB e que atende online, por videoconferência Atividade física, meditação, acupuntura e yoga também vêm mostrado-se importantes complementos ao tratamento tradicional medicamentoso. Cuide-se!